FOGAÇA INSÍPIDA ENGORDOU AVES
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Desenrolar intenso na Vila das Aves, com o Feirense a correr atrás do prejuízo quase todo o encontro, mas a pecar pela falta de objetividade que, curiosamente, permitiu à formação orientada por José Mota definir o resultado logo aos 6 minutos e garantir três pontos preciosos.
Golpe anímico profundo ainda na madrugada de um encontro estratégico na luta pela sobrevivência só possível graças a um lapso defensivo de Babanco, que permitiu que Mama Baldé ficasse em posição regular e tirasse partido de um alívio defensivo defeituoso para bater o desamparado Caio Secco.
Tónico ideal para acelerar o ritmo do encontro, mas também reforçar a postura defensiva que o Aves entretanto assumiu para fazer face a um Feirense que, sem mais nada a perder, abriu o peito à consternação e lançou-se num ataque desenfreado. Iniciativa fogaceira com am- plitude e coerência na fase de construção no primeiro tempo, mas muito incipiente após o descanso e e a viver quase sempre às custas dos rasgos individuais que Edson Farias ofereceu nos dois corredores.
Acabou por ser essa disposição demasiado previsível perante a coesão do muro avense que deu razão ao pragmatismo patenteado no resto do encontro pela estrutura defensiva da equipa de José Mota. Postura de alívio, contudo, suficiente para contornar as escassas situações de ansiedade, embora sem discernimento a explorar devidamente as transições que o jogo abriu.
A consequência do marasmo foi uma reta final de sofrimento repartido, onde ficou bem patente a segurança do Aves perante a tal falta de engenho, imaginação e meia-distância do agora último classificado. *
FALTOU EXPLOSÃO E MEIADISTÂNCIA PARA A EQUIPA DE NUNO MANTA DAR EXPRESSÃO À POSTURA DE ASSALTO