TANTO DESPERDÍCIO SÓ DÁ PARA UM PONTO
Benfica perdulário ainda viu o Sporting colocar-se em vantagem, antes de fixar o empate
Mais uma jornada e mais um empate para Benfica e Sporting. Depois das igualdades que os rivais somaram no arranque da fase de apuramento de campeão de juvenis, o dérbi terminou com 1-1 no marcador. O jogo teve uma toada morna durante grande parte do tempo e só despertou a partir da altura em que surgiu o primeiro golo do encontro, com o Sporting a adiantar-se. A jogar perante o seu público, o Benfica viu-se obrigado a correr atrás do prejuízo e o melhor que conseguiu foi chegar ao empate, resultado que premeia a astúcia do leão e penaliza a falta de eficácia das águias.
Na primeira parte houve equilíbrio até determinada altura. Depois, o Benfica foi ganhando ascendente, passou a jogar mais tempo no meio-campo contrário e teve mais posse de bola, mas os lances de maior perigo pertenceram aos leões. Destaque para um lance em que Edson Ceita (35’) não conseguiu superar João Monteiro, guardião dos encarnados, depois de se ter isolado. Após o reatamento, as águias entraram mais agressivas e, aos 49’, Tiago Araújo obrigou Diogo Almeida a fazer uma boa defesa. O volume de jogo ofensivo ia sendo cada vez maior e os lances de perigo junto à baliza leonina eram constantes (53’, 55’ e 58’). Entretanto, o Sporting, que vi- nha apostando mais na organização defensiva e nas transições, ganhou um livre lateral e colocou-se em vantagem aos 68’, por intermédio de Carlos Silva. Por outro lado, as águias, já com Umaro Embaló em campo, aceleraram o ritmo e chegaram à igualdade num penálti de Alexandre Penetra (75’), tendo desperdiçado, já em tempo de descontos, um lance de baliza aberta que poderia ter valido a vitória.
“FACILITÁMOS NUM LANCE DE BOLA PARADA E DEPOIS TIVEMOS DE ANDAR ATRÁS DO PREJUÍZO” JOÃO TRALHÃO, treinador Benfica
JOÃO COUTO NÃO PRESTOU DECLARAÇÕES PORQUE APENAS ESTÁ AUTORIZADO A FALAR PARA OS ÓRGÃOS DO SPORTING
Penetra conformado
Na hora de analisar o empate, Alexandre Penetra confessou que a falta de eficácia pesou. “No penálti senti que tinha nos pés uma grande responsabilidade porque o golo do empate fazia sonhar com a vitória. Estava nervoso, mas consegui marcar. Em relação ao jogo, fomos supe- riores pois o Sporting só apostou nos contra-ataques e nas bolas paradas, mas o futebol é isto. Os golos é que contam para os resultados”, explicou o central dos encarnados. *