Record (Portugal)

TANTO DESPERDÍCI­O SÓ DÁ PARA UM PONTO

Benfica perdulário ainda viu o Sporting colocar-se em vantagem, antes de fixar o empate

- JOSÉ PINA

Mais uma jornada e mais um empate para Benfica e Sporting. Depois das igualdades que os rivais somaram no arranque da fase de apuramento de campeão de juvenis, o dérbi terminou com 1-1 no marcador. O jogo teve uma toada morna durante grande parte do tempo e só despertou a partir da altura em que surgiu o primeiro golo do encontro, com o Sporting a adiantar-se. A jogar perante o seu público, o Benfica viu-se obrigado a correr atrás do prejuízo e o melhor que conseguiu foi chegar ao empate, resultado que premeia a astúcia do leão e penaliza a falta de eficácia das águias.

Na primeira parte houve equilíbrio até determinad­a altura. Depois, o Benfica foi ganhando ascendente, passou a jogar mais tempo no meio-campo contrário e teve mais posse de bola, mas os lances de maior perigo pertencera­m aos leões. Destaque para um lance em que Edson Ceita (35’) não conseguiu superar João Monteiro, guardião dos encarnados, depois de se ter isolado. Após o reatamento, as águias entraram mais agressivas e, aos 49’, Tiago Araújo obrigou Diogo Almeida a fazer uma boa defesa. O volume de jogo ofensivo ia sendo cada vez maior e os lances de perigo junto à baliza leonina eram constantes (53’, 55’ e 58’). Entretanto, o Sporting, que vi- nha apostando mais na organizaçã­o defensiva e nas transições, ganhou um livre lateral e colocou-se em vantagem aos 68’, por intermédio de Carlos Silva. Por outro lado, as águias, já com Umaro Embaló em campo, aceleraram o ritmo e chegaram à igualdade num penálti de Alexandre Penetra (75’), tendo desperdiça­do, já em tempo de descontos, um lance de baliza aberta que poderia ter valido a vitória.

“FACILITÁMO­S NUM LANCE DE BOLA PARADA E DEPOIS TIVEMOS DE ANDAR ATRÁS DO PREJUÍZO” JOÃO TRALHÃO, treinador Benfica

JOÃO COUTO NÃO PRESTOU DECLARAÇÕE­S PORQUE APENAS ESTÁ AUTORIZADO A FALAR PARA OS ÓRGÃOS DO SPORTING

Penetra conformado

Na hora de analisar o empate, Alexandre Penetra confessou que a falta de eficácia pesou. “No penálti senti que tinha nos pés uma grande responsabi­lidade porque o golo do empate fazia sonhar com a vitória. Estava nervoso, mas consegui marcar. Em relação ao jogo, fomos supe- riores pois o Sporting só apostou nos contra-ataques e nas bolas paradas, mas o futebol é isto. Os golos é que contam para os resultados”, explicou o central dos encarnados. *

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EQUILÍBRIO. Edson Ceita vigiado por Tomás Tavares

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