Record (Portugal)

O Caldas está a disputar pela primeira vez na sua história uma meia-final da Taça de Portugal e a prioridade sempre foi viver este momento no Campo da Mata. Depois de um grande investimen­to, esse sonho vai mesmo concretiza­r-se

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foi uma decisão fácil de tomar, porque o impacto que tem na comunidade e na afirmação das Caldas da Rainha é muito significat­ivo”, confessou Fernando Tinta Ferreira, presidente da Câmara Municipal. “No fundo, o investimen­to no Campo da Mata não foi apenas para a equipa, mas também para o município, pois há um espírito coletivo da comunidade a apoiar o clube e os jogadores, e nota-se o otimismo das pessoas em relação ao futuro”, conclui. Por seu lado, Jorge Reis, presidente do Caldas, fala em algo que nunca esteve no imaginário dos dirigentes. “Esta situação nunca esteve, de forma alguma, no nosso planeament­o de orçamento, porque também nunca pensámos chegar a esta fase”, admitiu o líder caldense. E porquê? Porque estamos a falar de um investimen­to na ordem dos 60 mil euros, que é um número elevadíssi­mo para um clube como o Caldas. “Claro que não é fácil, mas desde o primeiro dia que nos juntámos à autarquia para fazer com que o jogo se realizasse nas Caldas e o nosso objetivo está cumprido. Não fazia sentido nenhum o encontro não se realizar no Campo da Mata”, reforçou. O conjunto que milita na Série D do Campeonato de Portugal vai, a partir desta partida, jogar num estádio com relva nova, melhor iluminação, bancadas renovadas ... ou seja, um estádio praticamen­te novo, e a primeira reação de quase todos os jogadores quando viram as renovações foi: “Cheira bem!” Quem partilha desta opinião é o Sr. Américo, de 82 anos, avô de um dos meninos da casa, André Simões, e o mais conhecido adepto caldense: “Está tão bonito! Não via o campo assim há tanto tempo. Cheira bem. O que é que eles querem mais?” Os jogadores iam entrando na Mata e sentiam o cheiro da relva cortada, que os transporta­va para o desafio diante do Aves, com o Campo da Mata cheio de caldenses em festa a puxar pela equipa da sua terra, que tem surpreendi­do tudo e todos. “O nosso futebol é puro, jogamos porque amamos o que fazemos”, remata o guardião Luís Paulo, de 28 anos, a poucos dias de poder fazer mais história - após a derrota por 1-0 na 1ª mão, o Caldas poderá agora apurar-se para a final no Jamor.

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