Record (Portugal)

O abraço depois da polémica

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penálti. Foi penálti. Em movimento real. Em câmara lenta. Em filmagem e fotografia. Com VAR e sem VAR. Cristiano Ronaldo resumiu bem: “Não entendo o porquê dos protestos deles. Foi penálti. Se não fosse falta, ele marcava golo.”

Eles são a Juventus. Ele é o colega de equipa Lucas Vásquez. Eles fizeram um jogo tremendo. Anularam uma desvantage­m de 0-3 e devolveram o gesto em pleno Santiago Bernabéu. Ele, como diz Ronaldo, preparava-se para fazer o golo que colocava os merengues

RONALDO E BUFFON. DOIS GIGANTES. DOIS SÍMBOLOS IMORTAIS. O MELHOR DO FUTEBOL

nas meias-finais. Não foi logo ali. Foi depois. Com um Ronaldo de gelo. Szczesny podia ter asas. Ainda assim, não teria tempo de levantar voo.

Antes disso, Buffon gritou com o árbitro. Foi expulso. Muitos acharam injusto, mesmo sem saberem o que disse o guardião italiano. É um dos melhores da história do jogo. Talvez, naquele instante, se tenha despedido da Champions. E gritou com o árbitro. Gritou por mais tempo. Por mais um jogo. Pela vontade de conquistar a única competição de clubes que lhe falta. Talvez a vontade de Gigi fosse gritar com a sua defesa pelas facilidade­s concedidas. Talvez fosse gritar com o treinador Allegri por não ter refrescado a equipa quando Khedira e Douglas Costa estavam de rastos.

No final, ficam as lágrimas da Juve e a glória do Real. Fica o futebol. Tão comum em sentimento­s opostos. Ficam as insinuaçõe­s da Juventus, dando a entender que o árbitro quis favorecer os madrilenos (memória curta e ironia). E ficam, acima de tudo, o abraço e os elogios entre Ronaldo e Buffon. Dois gigantes. Dois símbolos imortais. O melhor do futebol são mesmo os jogadores.

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