Record (Portugal)

CAPITÃO NA CASA DA SORTE

- RUI SOUSA

Herrera já tinha deixado a sua assinatura na vitória em 2016 com um remate fulminante

capitão puxou dos galões e comandou o FC Porto na vitória mais simbólica deste campeonato, marcando um golo de bandeira que gelou o Estádio da Luz. Um foguete que só parou no fundo da baliza de Bruno Varela e que devolveu os dragões à liderança da

A CUMPRIR A SUA QUINTA ÉPOCA NO CLUBE, O MEXICANO ATRAVESSA UM MOMENTO DE GRANDE INSPIRAÇÃO

Liga, duas jornadas depois. Mais um momento de inspiração para Héctor Herrera, que ganha um embalo especial sempre que entra no campo do eterno rival. Na época 2015/16, o mexicano, de 27 anos, já tinha apagado a Luz com um golo na sequência de um remate de fora da área sem possibilid­ades de defesa para Júlio César. Nessa altura, o tento do médio de nada serviu para dar o título aos dragões, mas teve o condão de ajudar à vitória por 2-1. Herrera vai na sua quinta temporada ao serviço do FC Porto, é o jogador do plantel que mais vezes vestiu a camisola do clube e nesta fase é um dos elementos mais amados pela massa associativ­a. Mas nem sempre foi assim. Na época passada, precisamen­te na receção ao Benfica, o mexicano viveu o seu momento mais desagradáv­el desde que ingressou no Dragão, contribuin­do de certa forma para o golo que valeu o empate ao rival. O gesto displicent­e não caiu bem junto da nação portista e o capitão foi contestado.

Dimensão superior

Com a ajuda do grupo, o médio recuperou a confiança e o carinho dos adeptos, tendo reforçado a sua posição na equipa com a chegada de Sérgio Conceição. Depois de um início aos solavancos, Herrera agarrou a titularida­de e não mais a largou até hoje, assumindo-se como uma peça nuclear. Se as coisas já lhe estavam a correr bem, melhor ficaram quando recuou para trinco. Mesmo não sendo a sua posição predileta, o médio beneficiou da sua cultura tática e experiênci­a para se impor no comando do exército portista. O mexicano ganhou protagonis­mo e chegou à Luz num grande momento, levando o Benfica a uma derrota que o rival já não sentia em casa desde 2016... quando o capitão marcou o tal golo a Júlio César. Um gostinho especial que deixou bem à vista quando festejou o tento de ontem. *

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POR CIMA. Herrera superioriz­ou-se a Pizzi na batalha do meio-campo
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