Record (Portugal)

Até ao último remate

- Óliver Battaglia Bruno Fernandes Bryan Ruiz Gelson Otávio Brahimi Brahimi Ricardo Acuña Herrera Soares Ricardo Óliver Battaglia Otávio Marcano Bas Dost

Duzentos e dez minutos com doses superlativ­as de condiciona­mento, de luta e de sofrimento não foram suficiente­s para definir o segundo finalista da Taça. A grande decisão deu-se, tal como acontecera na meia-final da Taça CTT, no desempate de pontapés da marca de grande penalidade, onde o Sporting voltou a ser mais competente (desta vez foi Marcano, que não falhara em Braga, a atirar ao poste). Em mais um clássico cerrado, onde escasseara­m as oportuni-

ESTE ACABOU POR SER MAIS UM CLÁSSICO CERRADO, NO QUAL ESCASSEARA­M AS OPORTUNIDA­DES DE GOLO

dades de golo, houve mais FC Porto até meio da segunda parte. Os dragões, graças à elasticida­de da dupla de médios de contenção formada por Herrera e Óliver, mas também pela mobilidade e dinâmica conferida pelas quatro unidades da frente, sempre com Ricardo e Brahimi a disponibil­izarem-se para perscrutar o espaço interior, o que lhes permitiu criar desequilíb­rios no espaço entre linhas [2], controla- ram melhor os espaços e tiveram mais bola. Contudo, faltoulhes mais qualidade na chegada a zonas de finalizaçã­o, até porque o Sporting preocupou-se em formar uma última linha com seis unidades [2]. Além disso, o FC Porto revelou-se sempre mais agressivo na conquista de duelos, pela ferocidade empregue na conquista da primeira e da segunda bola, tirando partido da forma eficaz como pressionar­am e obstruíram a primeira fase de construção leonina [1], onde se notou a ausência de William. Com Bryan Ruiz – mé- dio-centro ofensivo – e Bruno Fernandes – médio-ofensivo/segundo avançado – muito distantes, o Sporting sentiu amplas arduidades para em ligar o jogo pelo espaço interior, e só a criativida­de de Gelson, na busca do um contra um, criou algum abalo no último reduto portista. Uma situação que se alterou a partir do momento em que os treinadore­s mexeram nos onzes. Foi menos feliz o FC Porto, que perdeu contundênc­ia com a entrada de Aboubakar, enquanto o Sporting cresceu com Ristovski e Acuña – a recuar para la- teral – a oferecerem mais qualidade e largura e a atacarem a profundida­de, juntando-se a isto a subida da linha de pressão e a maior agressivid­ade colocada na disputa de duelos, onde Battaglia se assumiu determinan­te. Foi na sequência de um pontapé de canto apontado por Bruno Fernandes, numa altura em que o FC Porto robustecer­a a zona intermediá­ria com Reyes e Sérgio Oliveira, que o Sporting igualou a eliminatór­ia, com Coates a fruir um corte deficiente de Marcano [3], após Battaglia ter ganho a primeira bola aérea.

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