Record (Portugal)

Um leão de barba rija

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Houve de tudo no clássico. Que não foi especialme­nte bem jogado. Mas teve homens de barba rija. E aí o Sporting foi mais forte. Para quem já fez tantos jogos esta época, acabou por ser curioso ver que os leões foram quem melhor lidou com o cansaço. Talvez seja a força do hábito. Se o dragão foi quem mandou até cerca dos 65’, a partir daí outro leão cantaria. Acaba por ser inteiramen­te justa a passagem da equipa de Jesus.

Sinal positivo para o mundo verde a capacidade de jogadores e Bruno de Carvalho já conseguire­m estar juntos. O líder foi quem mais cedeu na guerra com os craques e terá percebido que ultrapasso­u os limites. Ninguém da estrutura estava de acordo com o conflito e o universo leonino caiu em cima do presidente quando parecia disposto a levar a equipa B para os jogos que aí vinham. Imagine-se o que teria sido. Provavelme­nte, o cenário que se coloca hoje ao leão seria radicalmen­te diferente.

O Sporting tem ainda muito pela frente. Cabe a Bruno, Jesus e jogadores a responsabi­lidade de uma vez por todas colocarem os conflitos para trás das costas e ganharem o que há para ganhar. A Taça de Portugal e o que for possível na Liga. Depois, sentar presidente e treinador e perceber se há condições para continuare­m. Com o atual e estranho silêncio de Marta Soares, hoje não se vislumbra outra solução para o Sporting.

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