BENFICA EXIGE 17,7 MILHÕES A PINTO DA COSTA
AÇÃO EM TRIBUNAL ENVOLVE TAMBÉM ADELINO CALDEIRA, FERNANDO GOMES E FRANCISCO J. MARQUES
O Benfica reclama uma indemnização de 17,7 milhões de euros ao FC Porto, apurou Record. Essa ação já deu entrada no Tribunal Cível da cidade Invicta e, além dos dragões, visa o seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, os administradores da SAD dos azuis e brancos, Adelino Caldeira e Fernando Gomes; e o diretor de comunicação, Francisco J. Marques. De acordo com as informações recolhidas pelo nosso jornal, o clube liderado por Luís Filipe Vieira alega prejuízos causados pela divulgação dos emails, mas também o investimento que teve de fazer desde que o caso rebentou, há um ano, nomeadamente na preparação da defesa. Diga-se que Francisco J. Marques disse ontem, no Porto Canal, que “o FC Porto ainda não foi notificado e só se
BENFICA ALEGA PREJUÍZOS CAUSADOS COM DIVULGAÇÃO DE EMAILS E INVESTIMENTOS QUE TEVE DE FAZER NA DEFESA
pronunciará depois de conhecer a situação”.
Este processo, sabe Record, está a cargo da Abreu Advogados, um dos escritórios que trabalha com as águias. Isto apesar de a defesa do Benfica, no caso dos emails, ser liderada pelo escritório de João
Correia, em articulação com outros dois – Vieira de Almeida e Abreu Advogados.
A nova ação, de resto, resulta da decisão do Tribunal da Relação do Porto, que em fevereiro passado deu razão ao Benfica, relativamente à providência cautelar interposta em setembro do ano passado, proibindo a divulgação de mais emails por partes dos portis- tas. Como nos explicaram, teria de haver uma ação para a dita providência cautelar ‘sobreviver’. Quando comentaram a decisão da Relação do Porto – houve unanimidade entre os juízes desembargadores da secção cível –, os encarnados deixaram vincada “a determinação em perseguir todos os que pratiquem condutas idênticas às ora sancionadas”.
Nega, recurso e razão
Em setembro, o Benfica avançou com uma providência cautelar, no Tribunal Cível do Porto, pedindo que fosse decretada a proibição de divulgação de emails, sob pena do pagamento de um milhão de euros por cada violação. Em outubro, o Tribunal da Comarca do Porto deu nega às pretensões das águias, que recorreram para a Relação. A decisão, favorável às pretensões da Luz, chegou em fevereiro: cada infração é punida com 200 mil euros e não um milhão. *