Equipas B e sub-23
A relação orgânica do futebol, no seu todo, é outro dos nossos maiores objetivos. Há hoje um excelente entendimento entre a Liga e a Federação. Estamos em total sintonia no que diz respeito à leitura das tendências e à necessidade de compatibilizar quadros competitivos. Sobretudo no início de um novo ciclo das equipas B, que, recorde-se, alavancaram a LED MAN Liga Pro e tão bem serviram as Seleções Nacionais. Um reinício que coincide com a criação do campeonato sub-23. Somos, por isso, da opinião de que as realidades das equipas Be a competição sub-23 são complementares.
Ao sucesso do primeiro ciclo das equipas B – valores de transferências internacionais na ordem dos 375 milhões e a predominância desses jovens talentos nas Seleções Nacionais – juntase a oportunidade de manter nos quadros de cada emblema um vasto número de futebolistas em transição para as equipas profissionais.
O futebol profissional português funciona no mercado secundário e não pode, a bem da sua sustentabilidade, abdicar deste modelo de negócio.
Mas o novo ciclo 18-21 da distribuição das receitas da UEFA a quem participa nas competições internacionais levanta mais um desafio que nos obriga a uma reflexão profunda para o ciclo 21-24 (ainda em negociação nas instâncias internacionais). Se, por um lado, é verdade que os clubes que participarem nas competições internacionais irão receber mais por esta via, também é verdade que o fosso entre aqueles que mais ganham e os que menos ganham, na liga nacional, levantará claros e graves problemas competitivos.