INCUTIR NOS JOVENS ESPÍRITO GUERREIRO
Humberto Gomes, de 40 anos e guarda-redes do ABC, é presença notada nas fases finais dos CNU
Assim de repente, Humberto Gomes lembra-se dos dois títulos europeus e de um em que ajudou a Associação Académica da Universidade do Minho a sagrar-se vice-campeã do Mundo. Mas o número de presenças em fases finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU) está guardado no mesmo ponto da memória onde colocou os títulos nacionais. Não faz “a mínima ideia” quantos tem, mas, acrescenta, “são muitos”.
Entre os atletas presentes nas fases finais dos CNU, que decorrem em Aveiro, o guarda-redes é a cara que todos os que acompanham andebol conhecem. E muitos, adivinhamos, preferiam não o ver pela frente. Entre jovens de todo o país, na sua maioria jogadores amadores, o guarda-redes do ABC, que ainda em janeiro foi fundamental para a classificação de Portugal para o playoff de apuramento para o Mundial’2019, chama a atenção de todos os olhares. “Acredito que alguns jogadores sentirão dificuldades em jogar contra mim, mas para os meus colegas a minha presença é uma mo- tivação extra e eu estou aqui para os ajudar”, confidencia a Record. Para o quase mestre em Engenharia Civil – falta-lhe entregar a tese (ver caixa) -, estar entre companheiros mais novos tem uma dupla valência. “É um privilégio porque jogar andebol é uma pai- xão e todas as oportunidades são boas para o fazer , e por outro lado, posso incutir nestes jovens o espírito guerreiro que caracteriza a história das equipas de andebol da AAU Minho.”
Última presença
O objetivo do guardião, de 40 anos, que acredita ser esta a sua última participação nos CNU, é apenas um: “Colocar a Universidade do Minho no primeiro lugar, que é onde pertence.” Mas além disso, Humberto Gomes quer aproveitar o lado social do evento, que permite o convívio com jogadores que, durante a época desportiva, são adversários. “Esta equipa tem jogadores do ABC, do Xico Andebol, do Fafe e do Arsenal [da Devesa] e é uma oportunidade para jogarmos juntos”, finaliza o internacional português. *
“É UMA PAIXÃO JOGAR ANDEBOL E TODAS AS OPORTUNIDADES SÃO BOAS PARA O FAZER”, DISSE O INTERNACIONAL PORTUGUÊS