A FORÇA DO LABORATÓRIO
RÚBEN E BEBETO SÃO ESPECIALISTAS Onze dos 33 golos na Liga surgiram em lances de bola parada, com forte influência dos laterais
As bolas paradas continuam a ser uma espécie de marca registada do Marítimo na era Daniel Ramos. Depois da influência desse tipo de lances na época passada, contribuindo decisivamente para a qualificação europeia, os madeirenses voltam a ser letais em 2017/18. Uma arma para derrubar a defesa do FC Porto no jogo de amanhã. A primeira metade da temporada até nem foi famosa nesse capítulo, pois até dezembro apenas três golos nasceram de bola parada: Gamboa (em Setúbal), Dráusio (Moreira de Cónegos) e Zainadine (Sp. Braga), estes dois correspondendo a passes de Edgar Costa. A melhoria surgiu sobretudo depois da chegada do especialista Rúben Ferreira e do maior acerto do outro lateral, Bebeto. Se o FC Porto tem Alex Telles, o Marítimo tem o madeirense, que costuma ser preciso a colocar a bola: quatro golos nasceram, direta ou indiretamente, de cantos e livres apontados por si. Rúben assistiu Ricardo Valente contra V. Guimarães e V. Setúbal; o golo de Rodrigo Pinho contra os sadinos também nasceu no seu pé esquerdo; e Joel correspondeu de cabeça a um canto seu no Estoril.
Já o lateral-direito Bebeto brilhou com duas assistências na goleada ao Feirense e outra contra o V. Guimarães. Em suma, 11 dos 33 golos marcados na 1ª Liga nasceram deste tipo de lances, o que é sintomático da importância que Daniel Ramos dá a este trabalho durante a semana. *