Record (Portugal)

“Marcar a Casillas era a realização de um sonho”

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Este domingo temos um Marítimo-FC Porto importante, quer para as contas do título quer na luta pelo quinto lugar. É umdaqueles jogos de que todos jogadores gostam, certo?

J – Vai ser um grande jogo, contra um FC Porto que é o primeiro da tabela e está a lutar pelo título da Liga NOS. Sabemos das dificuldad­es que vamos enfrentar, mas nós temos um objetivo claro, que é terminar este campeonato no 5º lugar e conquistar, assim, uma vaga na Liga Europa. Cada um tem um objetivo, vai lutar e dar o seu melhor. E não tenho dúvidas que um resultado positivo vai-nos ajudar a chegar onde pretendemo­s.

Vai encontrar uma dupla de centrais muito forte, formada por Felipe e Marcano. Jogou alguma vez contra o Felipe no Brasil?

J – Sim, defrontei-o quando ele jogava no Corinthian­s. É um defesa duro, mas isso faz parte do jogo. Eu posso falhar num lance e ele faz o golo; como ele também pode ‘bobear’ noutra jogada e eu aproveitar para marcar. É jogo. Vai ser bastante disputado e vamos com a força máxima.

Lembra-se do resultado dessa partida que disputou contra ele no Brasil?

J – Empatámos dois a dois, em 2014, num encontro do campeonato brasileiro entre o Coritiba e o Co- rinthians. Infelizmen­te, nesse jogo não marquei...

Daquilo que já viu, o ataque do FC Porto será o sector mais forte e a ter em atenção?

J – Sim, já os vi jogar e têm vários jogadores perigosos. O Soares, o meu compatriot­a Aboubakar e também o Marega, além de outros bons executante­s. É sem dúvida um ataque muito forte. Mas vamos prepararno­s bem de forma a podermos fazer um bom jogo.

Imagina-se a festejar no domingo perante um guarda-redes histórico do futebol mundial como é o caso de Iker Casillas?

J – Era a realização de um sonho. Desde muito novo que me habituei a vê-lo jogar pelo Real Madrid, clube ao serviço do qual foi considerad­o o melhor guarda-redes do Mundo por várias vezes, nem sei bem quantas mas muitas. Parece que ainda ontem estava a vê-lo pela televisão e agora vou jogar contra ele. Se lhe marcar algum golo ficarei ainda mais feliz por ser quem é, sem qualquer dúvida.

Sabia que o primeiro golo que ele sofreu na Liga portuguesa foi contra o Marítimo? J – Não sabia. Foi o Edgar (Costa) que marcou? Espero que continue a sofrer nos Barreiros! (risos)

Como se explica que o Marítimo tenha melhorado tanto desde a sua entrada no onze? Surgiu uma nova dinâmica com os reforços de inverno?

J – O meu ponto de vista é que a equipa melhorou porque todos os jogadores, os reforços incluídos, incorporar­am muito bem as ideias e a filosofia do treinador, Daniel Ramos. Com a minha ajuda, do Correa e do Rúben (Ferreira). Ninguém faz nada sozinho! Foi um conjunto de coisas a contribuir. A equipa soube assimilar a proposta e o estilo de jogo definidos e, felizmente, acabou por surtir efeito.

O Marítimo foi por nove vezes às provas europeias. Sonha ficar nahistória dadécimapa­rticipação, caso seja alcançada?

J – É um privilégio, uma oportunida­de da vida, que procuro agarrar da melhor maneira possível. Cheguei em janeiro, as coisas têm corrido bem e quero tentar escrever uma história. Deixar pelo menos uma boa lembrança da minha passagem pela Madeira e pelo Marítimo. *

“JOGUEI CONTRA O FELIPE NUM CORINTHIAN­S-CORITIBA. EMPATÁMOS 2-2. É DEFESA DURO, MAS ISSO FAZ PARTE DO JOGO”

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