O Benfica preso por arames
Depois há Jonas. Numa equipa com fragilidades no processo coletivo, a presença do brasileiro em campo ajuda a suprimir as debilidades, liga o jogo interior, oferece contundência atacante e maturidade emocional. Quando falta Jonas, o Benfica perde qualidade e os resultados revelam-no. Na próxima temporada, não esquecer, Jonas – provavelmente o melhor estrangeiro que equipou de vermelho – fará 35 anos.
O JOGO COM O TONDELA FOI UM RETRATO SINTÉTICO DA ÉPOCA ENCARNADA. É UM MISTÉRIO TENTAR PERCEBER A RAZÃO DE O CLUBE NÃO TER REINVESTIDO QUASE NADA DA FORTUNA QUE FEZ EM VENDAS
Para o fim, o treinador. É fácil identificar os erros cometidos por Rui Vitória, mas foi também ele que teve o golpe de asa para alterar o sistema, que apostou em jovens e que soube gerir o balneário. O seu principal erro foi mesmo ter aceitado disputar o penta com este planeamento de temporada.
Nota: O Benfica tem-se insurgido – e bem – contra julgamentos baseados em informação libertada a conta-gotas e assente em violações de correspondência privada. Não escondo o incómodo com o que já se sabe, mas uma coisa são notícias, outra é o teor de uma eventual acusação. Por isso mesmo, foi com estupefação que percebi que o Benfica promoveu ativamente o conteúdo de uma denúncia anónima (como aquelas contra as quais se tem insurgido!) com acusações atentatórias do bom-nome de pessoas concretas. Este passo (em falso) envergonha-me enquanto benfiquista e é, ao mesmo tempo, um tiro de pólvora seca e um precedente muito grave.