Luta pela sobrevivência
Gesto de classe” - disse Arsène Wenger a propósito da homenagem que os seus dois maiores ‘inimigos’ no futebol lhe fizeram aquando do último MU-Arsenal. Sir Ferguson e Mourinho, que tantas e tantas ‘guerras verbais’ travaram com o francês, souberam, no momento oportuno, mostrar o respeito e a consideração que sempre tiveram pelo seu colega de profissão. Foi bonito.
Wengersaiapós 22 anos ao comando do Arsenal,
mas sai sem grande glória. Com efeito, neste período os londrinos apenas conquistaram a Premier por três vezes e em termos europeus nem uma única tacinha arrecadaram. As sete Taças de Inglaterra e as outras tantas Supertaças que ganharam não chegam para se poder dizer que o Arsenal viveu um período brilhante. Terá sido eventualmente bom em termos financeiros, mas no campo desportivo aquilo que Wenger alcançou foi muito pouco para quem tanto poder teve.
E, naatualidade, o Arsenalcontinuaanão estar confortável:
o sexto lugar no campeonato apenas lhe dará acesso à qualificação para a Liga Europa e aquilo que poderia ser a salvação da época, a ultrapassagem do Atl. Madrid na meia-final desta prova, ficou muito comprometida com o empate verificado na primeira mão. Está, pois, envolvido numa emocionante luta por um lugar que lhe garanta um encaixe de capital importante, cujas implicações para clubes e seus profissionais todos reconhecem. Está o Arsenal e estão outros grandes europeus, como o AC Milan (um ponto atrás da Atalanta) que busca um lugar na qualificação para a LE; ou o Inter (menos 4 pontos que a Lazio), que corre para entrar na Champions; ou em França, onde há três ‘galos’ – os Olympiques de Lyon e de Marselha, mais o Monaco – para o poleiro do segundo lugar… E em Inglaterra, nem o United tem ainda garantido o segundo lugar.
Emresumo,
talvez nunca tanto como na atualidade a luta pela sobrevivência se tenha colocado em patamar tão elevado, o que torna todos estes campeonatos bem mais emocionantes.