“Fazer uma fogueira com as raquetas”
Pedro Sousa não escondeu a frustração após o longo duelo que esteve perto de ter outro desfecho
A ovação que Pedro Sousa recebeu na saída do court principal foi bem demonstrativa de quanto o público apreciou a exibição do nº3 nacional, que teve match points para derrotar o favorito João Sousa. No final, ainda com a cabeça quente, o português de 29 anos não escondeu a desilusão de ter ficado pelos oitavos-de-final, após uma partida épica que levou as bancadas do Estádio Millenium ao rubro. “Neste momento não posso estar estou muito satisfeito...”, admitiu o 143º ATP, antes de exprimir ainda mais a sua frustração. “Apeteceme pegar nas raquetas todas e fazer uma fogueira! Amanhã se calhar vou sentir-me um pouco melhor... Estas são derrotas que custam a digerir e, neste momento, não estou contente”, prosseguiu Sousa. “É verdade que ganhei o primeiro set, joguei bem o segundo e acho que o terceiro, mas o que se passou para não ter conseguido fechar a partida? Não sei... O João também elevou o nível nessa altura, eu não consegui fechar, foi isso que aconteceu. Um grande amigo meu [Gastão Elias] disse-me uma vez que chegar aos 5-3 é fácil... fazer o seis é que é difícil. E hoje confirmou-se isso!”, contou.
“ESTAS DERROTAS CUSTAM A DIGERIR. NÃO CONSEGUI FECHAR O JOGO... FISICAMENTE ESTOU ACABADO”, ADMITIU NO FINAL
Questão física pesou
“Sem dúvida que foi um grande duelo, até porque o João é um jogador que está no top 50 há vários anos. Fisicamente estou acabado, esgotado, dei o que tinha e não tinha. Não foi por aí que perdi”, observou o Pedro Sousa, que na véspera tinha batido Gilles Simon: “Não vou dormir bem é pelas dores que vou ter outra vez!”, brincou o português, que agora vai participar no Challenger de Braga: “Ainda tenho uma semana para recuperar. É sempre bom jogar em Portugal.”