F RANCISCO GUIMARÃES
Aos 20 anos, o sonho de atingir patamares elevados obrigou o português a fazer as malas e a aceitar o convite de integrar a equipa técnica do Delhi United
construir um caminho diferente. Comecei a treinar aos 15 anos, aos 16 era adjunto da equipa sub-19 do Estoril, aos 19 era treinador principal dos juniores do 1º de Dezembro e adjunto dos seniores. Essas experiências fizeram-me construir um caminho invulgar para um treinador e, por isso, senti necessidade de continuar a escrever essa história e pensei que uma aventura, com 20 anos, num país com uma cultura tão diferente, onde a adaptação ao contexto tem de ser constante, não traria nenhum mal. Bem antes pelo contrário, poder ter esta aprendizagem tão novo é uma bênção. Trabalhar com pessoas tão distintas, treinar no profissional pela primeira vez, a forma camaleónica com que tenho de agir, tem sido uma aprendizagem muito grande e penso que sairei daqui muito mais preparado. Confesso que é duro, mas obriga-me a sair de mim mesmo e isso tem sido ótimo. Nunca estou demasiado confortável”, sublinha o jovem.
Objetivo cumprido
Três meses depois, Francisco Guimarães faz um balanço positivo, mas nem tudo é um mar de rosas: “Tudo é invulgar para um europeu. O trânsito, a língua, a higiene, a comida, a forma de estar na vida. Por isso, além de crescermos em termos profissionais, podemos ter aqui a oportunidade de ganhar mundo. Isso é incrível, juntar o crescimento profissional ao humano. Não tenho dúvidas que sairei um homem diferente daqui.” *