Conquista com dedo do treinador
SÉRGIO CONCEIÇÃO MONTOU UMA EQUIPA À SUA IMAGEM, COM GARRA E AMBIÇÃO, E APROVEITOU O MELHOR DOS JOGADORES QUE TINHA À DISPOSIÇÃO
colocando mesmo os dragões atrás de Benfica e Sporting no favoritismo à conquista do título, acabou por não se sentir. Sérgio Conceição desenvolveu um grupo inteligente e multifacetado, com jogadores a desempenharem mais do que uma função dentro de campo, e a própria equipa a conseguir mudar o posicionamento tático durante as partidas, em função das necessidades. Esta elasticidade do plantel foi vital em muitos momentos, já que deu novas opções ao treinador.
Além disso, a capitalização dos recursos existentes foi outro desafio. Sérgio Conceição tinha dito que vinha para ensinar e muitos jogadores cresceram debaixo da sua tutela. Marega é o caso mais evidente, mas o mesmo se pode dizer de Herrera (jogador muito importante nesta conquista), Ricardo Pereira, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Brahimi ou Aboubakar. Sendo que a experiência de elementos como Casillas, Marcano, Maxi Pereira, Felipe e Danilo Pereira acabou por ser o tempero ideal para focar uma equipa com pouca cultura de vitórias no grande objetivo.
Ao longo da temporada, mesmo nos momentos mais atribulados, o FC Porto manteve-se sempre uma equipa estável e concentrada. E contas feitas: além do título que quebra um jejum de 4 anos, atingiu os objetivos mínimos na Liga dos Campeões, esteve perto das finais da Taça de Portugal e da Taça CTT (eliminado nos penáltis) e poderá bater o recorde de pontos do FC Porto numa liga com 34 jornadas. Uma temporada muito positiva dos dragões.