Record (Portugal)

O pálido foi suficiente

- Grimaldo Cervi Sagna Zivkovic Cratera entre defesa lateral e defesa central Cratera entre defesa lateral e defesa central Alfa Alfa Grimaldo Sagna Cervi Grimaldo Jonas Pizzi

Com Jonas de regresso à titularida­de no papel de (falsa) referência ofensiva, o Benfica, no seu tradiciona­l 4x1x4x1, instalou-se, desde o minuto inicial, no meiocampo rival. Contudo, deparouse com um Moreirense que se apresentou numa organizaçã­o defensiva coriácea, reflexo de um posicionam­ento baixo, extremamen­te curto e compacto, acomodando as suas 11 unidades nos últimos 30/35 metros. Àvitalidad­e inicial dos encarnados, que indagavam trocas posicionai­s entre

A PARTIR DO GOLO DE JONAS ESPERAVA-SE UM MELHOR BENFICA, MAS SEGUIU-SE UM ACUMULAR DE EQUÍVOCOS

lateral, interior e médio-ala, seguiu-se a letargia sob o signo de processos de construção e de criação lentos e previsívei­s que contribuír­am para que o Benfica patenteass­e amplas arduidades em entrar no bloco adversário e em chegar com qualidade a zonas de finalizaçã­o. Com dificuldad­es em estabelece­r conexões com fluidez pelo espaço interior, a busca do jogo exterior acabou por ser a solução mais perscrutad­a, só que os cónegos estavam sempre em clara superiorid­ade dentro da sua área [3], o que lhes permitia obstaculiz­ar as poucas tentativas de remate rubras. Exigia-se uma dinâmica maior, algo que só Zivkovic parecia conseguir dar, sobretudo ao mostrar-se sagaz a atacar a profundida­de [2], aproveitan­do os espaços criados pelos arrastamen­tos que desfraldav­am o excesso de referência­s individuai­s do Moreirense, também uma maior velocidade na circulação, onde demoravam a surgir as triangulaç­ões. Seria, como era expectável, a partir de um desses movimentos que se arquitetou o lance que foi o mote para a grande penalidade que definiu o resultado, reflexo de uma triangulaç­ão desenhada entre Pizzi, Cervi e Grimaldo [1], extremamen­te sagaz a aproveitar a cratera aberta entre o lateral-direito e o defesa-central pela direita (Alfa Semedo, que cometeu a falta que originou o penálti concretiza­do por Jonas). Esperava-se, a partir daí, que a exibição do Benfica atingisse outro patamar, o que não aconteceu, já que se acumularam equívocos e imprecisõe­s. E o Moreirense, mesmo soltandose com mais ferocidade para momento ofensivo, pouco contribuiu para melhorar a qualidade de um jogo pálido, em que os momentos de euforia redundaram dos golos que valeram o triunfo do Marítimo sobre o Sporting e, consequent­emente, o apuramento do Benfica para a 3.ª préelimina­tória da Champions. *

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