Record (Portugal)

PROVA SUPERADA COM GRANDE SOFRIMENTO

- CRÓNICA DE RUI SOUSA

Comum cenário favorável desdecedo, oFeirense foi jogando como tempo e sempre nos limites do risco

ESTORIL DOMINOU, TEVE OITO OPORTUNIDA­DES PARA MARCAR CONTRA UMA, MAS FALTOU-LHE ACERTO NA CONCRETIZA­ÇÃO

O Feirense garantiu a presença na 1ª Liga pela terceira vez consecutiv­a e neste caso o mérito tem mesmo de ser repartido em partes iguais pelos jogadores, pelo treinador Nuno Manta e pela direção, que manteve a confiança na equipa técnica até à derradeira jornada, não se deixando influencia­r pelas oscilações classifica­tivas. O conjunto de Santa Maria da Feira entrava na última e decisiva etapa do campeonato abaixo da linha de água, tendo pela frente um adversário que estava na mesma situação, embora atrás na tabela, e essa circunstân­cia permitia-lhe gerir as operações, caso outro dos rivais diretos na luta pela permanênci­a tropeçasse.

E foi isso o que aconteceu quando o P. Ferreira se viu a perder em Portimão. Visivelmen­te nervoso e sem nunca conseguir pegar no jogo, o Feirense passou a jogar quase exclusivam­ente em contrarrel­ógio, numa verdadeira luta contra o tempo, à espera do apito final de Artur Soares Dias, e essa estratégia causou-lhe naturais sobressalt­os, com a bola a rondar por diversas vezes a baliza à guarda de Caio Secco. Fosse o brasileiro, os seus defesas ou o desacerto dos avançados do Estoril, o certo é que o resultado foi-se mantendo a zero, e com isso o Feirense conseguia levar o seu barco a bom porto. Ivo Vieira fez tudo para contornar o autocarro que Nuno Manta estacionou à entrada da sua área na segunda parte, abrindo a frente de ataque com dois homens (Kléber e Bruno Gomes), apoiados por dois alas (Allano e Matheus Sávio), mas os remates esbarravam sempre numa muralha. Ao todo foram oito as oportunida­des de golo contabiliz­adas para o lado do Estoril, contra apenas uma (e com muito boa vontade) de Luís Rocha ainda na primeira metade.

Bravura

Consciente­s de que era quase im- possível travar um Estoril que estava em alta rotação e com jogadores mais dotados tecnicamen­te no último terço do terreno, os homens de Nuno Manta não se desorganiz­aram e, acima de tudo, mantiveram uma bravura na discussão dos lances que lhes permitiu atenuar de certa forma uma tarde de menor inspiração. A expulsão de Halliche já nos descontos ajudou a respirar um pouco mais e a festa voltou a fazerse em tons azuis e brancos. *

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EQUILÍBRIO. Diogo Almeida num duelo intenso com Ewandro
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