PROVA SUPERADA COM GRANDE SOFRIMENTO
Comum cenário favorável desdecedo, oFeirense foi jogando como tempo e sempre nos limites do risco
ESTORIL DOMINOU, TEVE OITO OPORTUNIDADES PARA MARCAR CONTRA UMA, MAS FALTOU-LHE ACERTO NA CONCRETIZAÇÃO
O Feirense garantiu a presença na 1ª Liga pela terceira vez consecutiva e neste caso o mérito tem mesmo de ser repartido em partes iguais pelos jogadores, pelo treinador Nuno Manta e pela direção, que manteve a confiança na equipa técnica até à derradeira jornada, não se deixando influenciar pelas oscilações classificativas. O conjunto de Santa Maria da Feira entrava na última e decisiva etapa do campeonato abaixo da linha de água, tendo pela frente um adversário que estava na mesma situação, embora atrás na tabela, e essa circunstância permitia-lhe gerir as operações, caso outro dos rivais diretos na luta pela permanência tropeçasse.
E foi isso o que aconteceu quando o P. Ferreira se viu a perder em Portimão. Visivelmente nervoso e sem nunca conseguir pegar no jogo, o Feirense passou a jogar quase exclusivamente em contrarrelógio, numa verdadeira luta contra o tempo, à espera do apito final de Artur Soares Dias, e essa estratégia causou-lhe naturais sobressaltos, com a bola a rondar por diversas vezes a baliza à guarda de Caio Secco. Fosse o brasileiro, os seus defesas ou o desacerto dos avançados do Estoril, o certo é que o resultado foi-se mantendo a zero, e com isso o Feirense conseguia levar o seu barco a bom porto. Ivo Vieira fez tudo para contornar o autocarro que Nuno Manta estacionou à entrada da sua área na segunda parte, abrindo a frente de ataque com dois homens (Kléber e Bruno Gomes), apoiados por dois alas (Allano e Matheus Sávio), mas os remates esbarravam sempre numa muralha. Ao todo foram oito as oportunidades de golo contabilizadas para o lado do Estoril, contra apenas uma (e com muito boa vontade) de Luís Rocha ainda na primeira metade.
Bravura
Conscientes de que era quase im- possível travar um Estoril que estava em alta rotação e com jogadores mais dotados tecnicamente no último terço do terreno, os homens de Nuno Manta não se desorganizaram e, acima de tudo, mantiveram uma bravura na discussão dos lances que lhes permitiu atenuar de certa forma uma tarde de menor inspiração. A expulsão de Halliche já nos descontos ajudou a respirar um pouco mais e a festa voltou a fazerse em tons azuis e brancos. *