INÉPCIA ITALIANA FIXOU CATALÃES
FC Porto acusou os nervos após o golo que daria o 3-3 não ter sido validado e perdeu força
O Barcelona conquistou ontem a sua 22ª Liga Europeia ao bater o FC Porto (4-2) na final disputada no Pavilhão Dragão Caixa numa partida sempre intensa, mas que ficou irremediavelmente manchada pelo tremendo lapso com que a equipa de arbitragem italiana sentenciou as aspirações dos dragões por não validar o golo (37’) de Jorge Silva, que represen- taria o culminar de uma recuperação histórica dos portistas, depois de estarem a perder por 3-0. Clamoroso erro de avaliação dos transalpinos Alessandro Eccelsi e Filippo Fronte com reflexos no discernimento da dinâmica portista porque o consequente cartão azul a Jorge Silva, por protestos, permitiu ao conjunto da Catalunha aliviar a pressão dos dragões, que estavam galvanizados com os golos apontados por Gonçalo Alves e Hélder Nunes num espaço de três minutos, e gerir a então diferença mínima até o livre direto de Pau Bargalló colocar um ponto final nas esperanças portistas a 90 segundos do final.
Cabestany também chorou
O técnico do FC Porto não se refugiou no critério da arbitragem nem escondeu a desilusão pela derrota. “A este nível os detalhes são determinantes e, psicologicamente, aquela bola que entrou e daria o 3-3 e não contou, foi fulcral. Não controlámos os nervos e o Barcelona soube explorar essa vantagem anímica, mas os árbitros também erram, tal como nós errámos três vezes nos livres diretos e por isso não vou atirar as culpas para cima deles”, desabafou Guillem Cabestany, com a voz embargada e as lágrimas a escorrerem-lhe pelo rosto. *