Sumaríssimo ao VAR
Terminado o campeonato é tempo de fazer um balanço profundo sobre todos os acontecimentos verificados esta temporada. Agrande novidade foi a introdução da tecnologia de vídeo-árbitro, alimentando grandes esperanças na melhoria dos desempenhos das equipas de arbitragem. Aesperança rapidamente passou a pesadelo quando nos apercebemos de que poucos sabiam o que estavam a fazer quando eram chamados a desempenhar a função de VAR. Foram cerca de 70 decisões revertidas pelo VAR, número ‘atirado’ para a praça pública como se a introdução do VAR não tivesse esse objetivo de reverter decisões erradas. Anormais foram os erros verificados com a tecnologia disponível. É tempo de ‘instaurar’ um sumaríssimo à própria tecnologia e avaliar se esta trouxe mais benefícios do que desvantagens. Eu considero que um erro cometido pelo VAR tem igual ou mais importância que um erro revertido pelo mesmo VAR. Todos nós olhamos para o vídeo-árbitro como uma ferramenta para retificar erros graves. Por outro lado, tivemos de nos habituar aos erros provocados pelo próprio VAR. Esta foi uma situação contranatura que criou desconfiança na tecnologia quando o problema estava em quem desempenhava as funções. Reflitam comigo: o sumaríssimo é instaurado quando não há punição em campo de uma situação de agressão. Esta época, com a existência do vídeo-árbitro, uma agressão nunca deveria ficar sem punição, mas os erros acontecem... Agora, a curiosidade: instauram o processo, punem com justiça e deixam a decisão final novamente para quem já tinha errado nas funções de vídeo-árbitro, acabando sem punição duas agressões claras no mesmo jogo. Querem um futebol credível? Brincadeira... *
34.ª