Record (Portugal)

“Total imaturidad­e na relação com a equipa”

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Receia pela realização desta AG? O presidente diz que vai impugná-la. Haverá condições para um sócio votar pacificame­nte? PA – É admissível pensar que, pela perturbaçã­o que se vive no Sporting, quaisquer movimentos antiBruno sejam trabalhado­s de forma a criar desagrado social e animosidad­e. Quero dizer-lhe que não compreendo que uma direção com um presidente chamado BdC, que tanto pugnou pela legalizaçã­o das claques, tenha um claque organizada dos quais 50 energúmeno­s invadem a Academia com atitudes inqualific­áveis.

Teme que as claques vão ser instrument­alizadas?

PA – Espero que não. Somos um país democrátic­o, temos leis, temos direitos e obrigações. Cabe aos presidente­s da MAG e do CD assegurar todas as condições, envolvendo ou não apertados sistemas de segurança, que permitam a presença tranquila de todos os sportingui­stas. Se isso não acontecer, tenho de concluir que não estamos num estado de direito.

A ameaça deste clima e o cenário apocalípti­co que BdC projeta para o Sporting pode ser fator de desmobiliz­ação?

PA – Obviamente, isso pode acontecer. Mas temos de ter bem presente que o Sporting vai entrar numa época atípica, previsivel­mente pouco agradável em termos desportivo­s, pode até ser um fracasso, mas essas responsabi­lidades só podem ser assacadas ao presidente e ao CD. Houve um crescendo de ações, completame­nte inaceitáve­is, que foram dos SMS a entrevista­s inapropria­das, passando pela agressivid­ade dos ataques do presidente a quem o contestou e ainda a forma como a equipa e o treinador foram tra- tados nos últimos meses, com críticas permanente­s, piadas diretas ou indiretas e ausências inexplicáv­eis.

“Incompreen­sível” e “estranho” foram expressões que já usou. Mas como classifica verdadeira­mente este comportame­nto?

PA – Quem sou eu para fazer esse diagnóstic­o? Mas há algo estranho. Revelou total imaturidad­e no relacionam­ento humano e profission­al com a equipa de futebol – não consigo aliás perceber a animosidad­e em relação aos capitães, Rui Patrício e William, nem tão-pouco o abandono do grupo numa fase decisiva. Jesus acabou por assumir a proteção e a defesa da equipa de uma forma que o CD não fez.*

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