TUDO ÀS CLARAS DESDE O INÍCIO
Cortou com o passado logo na apresentação, na qual prometeu... o que viria a cumprir
Eu não venho para aqui aprender, venho para ensinar.” Foi provavelmente esta a frase mais mediática da apresentação de Sérgio Conceição, a 8 de junho de 2017. Logo na sua segunda resposta aos jornalistas como líder do FC Porto, o treinador deu conta da frontalidade que viria a marcar o seu discurso público. Um vetor do seu trabalho como técnico que Sérgio valoriza ao máximo, tanto pela perceção exterior do mesmo como pelo impacto que pode ter no seio do plantel e do clube. Certo é que, nos 16 minutos e 25
DEIXOU TRANSPARECER O SEU LADO EMOCIONAL EM ALGUMAS OCASIÕES, O QUE TAMBÉM LHE VALEU CONFLITOS PONTUAIS
segundos que passaram entre a sua mensagem inicial e o fim do período de respostas à comunicação social, Sérgio Conceição lançou uma série de ideias que, agora se percebe, eram bem mais do que simples desejos ou premonições. Muitas das suas mensagens mais fortes – que transcrevemos ao lado – tiveram efetivamente seguimento na temporada azul e branca, nomeadamente o facto de, com a conquista do título, o FC Porto ter evitado o pentacampeonato do Benfica e valorização alcançada por diversos ativos, como Marega, Herrera ou Ricardo Pereira, por exemplo.
Aliás, logo na sua declaração inicial, fez uma evocação emotiva sobre os seus pais que, como se sabe, voltou a repetir há algumas semanas: “Estou convencido de que, em maio, vou estar feliz, os portistas vão estar felizes e vou dar essa alegria também aos meus pais. Os meus pais estão felizes hoje, mas vão ficar mais no fim do ano com a conquista de títulos.” Depois de técnicos de menor expressão comunicativa como Nuno Espírito Santo e Julen Lopetegui, Sérgio cortou com o minimalismo do passado e pautou o seu discurso mediático por uma frontalidade que chegou a valer-lhe alguns conflitos, como, por exemplo, com Rui Vitória, Abel Ferreira e João Henriques. *