O crédito de colocar o V. Guimarães no Jamor, superando ainda o rival Sp. Braga na classificação, não evitou a saída em janeiro. Eleito pelo Olympiacos, o técnico encerra em definitivo o capítulo vitoriano e foca-se em triunfar na Grécia
e nunca tendo admitido baixar a fasquia, dado que entendo que quem está no Vitória tem é de a elevar porque se trata de um grande clube, sabia que ia ter umano difícil, muito difícil mesmo. Que não era fácil fazermos o mesmo campeonato. Nunca tivemos esse tempo, nem essa paz que era necessária.
Tentou preparar-se para esse impacto que jáperspetivava?
PM - Tínhamos um planeamento, mas cuja execução foi feita tarde, tendo em conta a exigência de uma competição como a nossa.
Perante isso, só o treinador é que sentia que o ano ia ser difícil e que eranecessário estar alerta? PM - Alertei sempre as pessoas. Todos os problemas que surgem, tudo o que é Vitória, tem de ser resolvido dentro da estrutura e ficar por aí. Não sou homem de falar publicamente, vai contra os meus princí- pios e mesmo que isso acarrete danos profissionais, é algo que vou levar comigo parasempre. Por isso, fiz esse alerta dentro do clube. E recordo-me bem de ter essa conversa com a administração. Não queria baixar a fasquia depois de termos elevado o Vitória a um patamar de acordo com a sua grandeza e não queríamos perder essa dinâmica que tinhasido perdidaparao rivalao longo dos últimos 10/15 anos, pelo que esse espaço estava a ser reconquistado. Infelizmente, as coisas não correram bem.
Houve algo feito àsuarevelia? PM - A planificação da época foi da minha responsabilidade. Sou plenamente responsável. Agora, aexecução não me cabia a mim. Passei as férias no complexo, a trabalhar, porque sabiaque iaser umano difícil e que iríamos perder muitos jogadores. Tinha a noção disso.