NOVO RELVADO SEM LOUCURAS
O Vilarense está condenado a saborear este sucesso em campo neutro, tal a fraquíssima condição do piso sintético do Campo do Operário. O problema tem mais de uma década e terá resultado da má construção inicial. Câmara e clube procuram a melhor solução e enquanto o nó não ata nem desata é na casa de um campeão... mundial que os azuis e brancos do Vilar irão jogar. “Vamos aproveitar as boas relações com o GDC Seiça para que os nossos iniciados possam disputar lá o Nacional”, assume Américo Leal, revelando a parceria com o vizinho e campeão nacional do Inatel, coroado campeão mundial de futebol amador nos World Sports Games de 2017.
Luís Albuquerque, presidente do Município, garante a Record que a autarquia “está disposta a ajudar” sem comprometer o erário público. “Estamos todos à procura da melhor solução. Queremos proceder à substituição do relvado, mas dentro de valores normais que possamos assumir. O orçamento atual é muito alto, não o podemos comparticipar. Se os valores forem razoáveis, a Câmara estará disponível, como fez em outras ocasiões”, admite, realçando a conquista do Vilarense. “É com grande satisfação que vemos uma equipa do município subir aos Na-
CÂMARA E CLUBE PROCURAM A MELHOR SOLUÇÃO E, ATÉ LÁ, A EQUIPA TERÁ DE UTILIZAR O CAMPO DO VIZINHO GDC SEIÇA
cionais. Neste caso, é satisfação dupla porque é a primeira vez que o Vilarense o consegue, ainda mais tratando-se de um clube de um lugar pequeno como Vilar dos Prazeres. Os clubes do concelho estão a trabalhar bem, o que significa que o dinheiro que investimos no desporto está a dar frutos”, elogia. A troca do relvado está, pois, prometida, mais não seja por se tratar de uma obrigação consequente de um feito que eleva o Vilarense a um patamar de excelência. Pelo menos na versão de Emanuel Sousa. “Quem chega ao Campo do Operário diz logo que o sintético é uma vergonha e que temos de ter um novo. Tudo muito bem, mas nós pensámos diferente: quisemos ir pela via do merecimento, ou seja, tínhamos de merecer um relvado novo. Pelo mérito desportivo, seria mais fácil ‘exigir’ outro relvado”, frisa. *