Unai Emery: treinador não manda nada

Para os clubes europeus, a época futebolística terminou com a realização da final da CL, partida marcada por mais um despropósito de Cristiano Ronaldo que, com as suas declarações, pretendeu tão somente ganhar o protagonismo que a sua muito fraca exibição no relvado não lhe dera e ofuscar o daqueles que o mereciam. Protagonismo positivo, como o de Bale, que fez 2 golos, ou negativo, como o de Sergio Ramos, que voltou a ser protegido pela arbitragem.

Aliás, houve árbitros desta Champions que deveriam ter direito a estátuas ali para os lados de Valdebebas, em especial os dos jogos com a Juve e o Bayern. E já agora, ao seu lado, bem se podiam colocar bustos dos guardaredes de bávaros e de britânicos.

Estranhamente, otreinadordo Liverpool não se coibiu de cantar, divertido e feliz da vida, com adeptos no hotel, após ter perdido com o Real Madrid. Mas Klopp comemorava o quê? E ria do quê? Da sexta final que deixara escapar, das quais três com o seu atual clube, com o qual ainda não foi capaz de conquistar fosse o que fosse? É um autêntico fenómeno, este alemão.

Feno me na is também foram as declarações do novo técnico do Arsenal, que disse que em Paris quem manda nãoéo treinador mas sim o brasileiro Neymar. A ser verdade, que raio andou ele a fazer por França? E como irá gerir Özil, Cazorla, Cech & cia? Estaremos perante um ‘novo’ futebol, uma nova era do desporto-rei? E já que falamos do Arsenal, deixo uma nota curiosa: com a saída de Wenger do clube londrino e o quase certo despedimento de Conte, Mourinho fica com mais Premiers ganhas (três, com o Chelsea) do que os outros atuais técnicos juntos: Guardiola e Pellegrini só têm uma cada.

E termino comum a pergunta: por que é que, nos últimos seis anos, o Man. City ganhou três títulos da Premier com três técnicos diferentes, Mancini, Guardiola e Pellegrini? Dadas as palavras de Emery, e com tantos craques no plantel, provavelmente nem de treinador precisariam…