Record (Portugal)

“Não podemos sofrer golos assim”

- RICARDO VASCONCELO­S

Depois da derrota na Holanda, o selecionad­or nacional voltou a apontar o dedo à equipa e deixa um alerta que situações como as de ontem – más reações à perda da bola – têm mesmo de terminar

Portugal voltou a sofrer mais dois golos. Essa é uma situação prioritári­a para corrigir antes do Mundial?

– É verdade. Esse é um problema que temos de ultrapassa­r rapidament­e. Nos últimos dias falei com os jogadores sobre isso e esperava que hoje [ontem] não voltássemo­s a cometer os mesmos erros que cometemos contra a Holanda. A defesa tinha sido uma das nossas armas no passado… Nos primeiros 40 minutos da 1ª parte, em termos ofensivos, estivemos bem. Tivemos uma boa circulação da bola, chegámos com muita gente à área contrária e conseguimo­s com facilidade transforma­r o 4x3x3 num 4x4x2. Depois tivemos problemas após a perda da bola. Permitimos contra-ataques da Tunísia, à semelhança do que tinha acontecido com a Holanda. Reagir bem à perda da bola é fundamenta­l. Temos de melhorar muito nesse aspeto porque não podemos sofrer mais golos assim!

–Após o intervalo, Portugal ainda teve uma boa oportunida­de para fazer o 3-1, mas voltou a falhar e acabou mesmo porempatar...

– Na 2ª parte não entrámos tão bem em termos de agressivid­ade. Fomos algo macios. Mesmo assim, criámos essa oportunida­de extraordin­ária de golo. Depois disso, o jogo equilibrou-se, a Tunísia teve mais espaço para jogar e em mais um lance que não pode acontecer sofremos um golo. Houve uma desatenção na segunda bola, uma bola que sai da área e que volta para lá onde está um adversário sozinho. Temos de rever estes lances. Quem tem o objetivo de ganhar todos os jogos, quem queria ganhar este, não pode ficar satisfeito com este empate. Gostei da entrega ao jogo e de muitas coisas que a equipa fez, mas temos de ser fortes em todos os aspetos. Quero fazer golos e não sofrer.

–Até ao Mundial, que aspetos têm de ser melhorados? O entrosamen­to entre alguns jogadores?

– Estes golos sofridos não foram provocados por erros individuai­s, mas sim porque a equipa foi surpreendi­da em contra-ataque. Não vamos apontar o dedo a ninguém. Os jogadores sabem que não podem sofrer golos assim. E se foram erros coletivos, a responsabi­lidade é toda minha. Mas deixo aqui esse alerta e também o vou deixar aos jogadores.

–EmBruxelas jáserádife­rente?

– Segurament­e será um jogo diferente. Vamos dar atenção aos aspetos defensivos. *

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