Record (Portugal)

EQUIPA SEM CR7 E SEM DEFESA

Já se sabia que a Seleção não é a mesma coisa sem CR7, mas há erros defensivos que são inadmissív­eis mesmo num particular

- CRÓNICA DE ANTÓNIO MENDES

Portugal deixou-se empatar pela Tunísia e nenhum mal vem ao Mundo por causa disso, até porque estamos na fase de preparação que serve exatamente para isto. Ou seja, serve para que depois não se cometam erros que, num Mundial, vão sair certamente muito mais caros, mas a realidade é que mesmo num particular não são admissívei­s os dois erros defensivos que a equipa cometeu, permitindo um 2-2 final que resultou num verdadeiro ensaio sobre um problema e que começa a ser mesmo preocupant­e. É que esta Seleção, depois de perder 3-0 com a Holanda, confirmou em Braga o quarto jogo consecutiv­o a sofrer golos e com falhas evidentes no eixo defensivo. Depois, como já se sabia, continua a existir uma espécie de declaração de dependênci­a sempre que a equipa das quinas se vê privada da sua maior estrela cintilante e que continua a iluminar todas as discussões, mas esta diferença de uma Seleção Nacional sem Cristiano Ronaldo e com CR7 não é novidade para ninguém.

Mais: o jogo de ontem teve até muitos pormenores interessan­tes no jogo ofensivo da equipa, com Quaresma, André Silva, Bernardo Silva e João Mário a darem bem conta do recado.

O problema, repita-se, esteve na defesa, ou melhor na forma como a equipa, no seu todo, foi lenta na transição defensiva, permitindo os dois golos dos tunisinos, fruto também da pouca agressivid­ade que geralmente predomina nestes jogos préMundial.

O que também se compreende, mas nem toda a gente aceita e como diria Fernando Santos, antes e depois do jogo, os resultados são sempre importante­s quando estamos a falar de Portugal e do campeão europeu em título. No global, o fluxo ofensivo de Portugal foi muito interessan­te, com João Mário e Bernardo Silva a oferecer mais dinâmica e decisi- vos nos dois golos. No primeiro, uma insistênci­a de William (lá está, neste caso cheio de agressivid­ade no momento de recuperar a bola) permitiu a Bernardo abrir na direita e Quaresma, no seu já histórico cruzamento de régua e esquadro, meteu a bola na cabeça de André Silva.

No segundo, obra e arte de João Mário, que aproveitou uma verdadeira assistênci­a de um adversário, o médio Skhiri, para um autêntico tiro à baliza de Hassen. Por esta altura, aqui também com dois erros verdadeira­mente infantis dos defesas da Tunísia, com o lateral Naguez a assistir de

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