Record (Portugal)

“Quem me suceder tem de sentir apoio”

Mesmo tendo atuado menos, faz um balanço positivo da época e diz-se “melhor jogador”

- RUI SOUSA

ÓLIVER DIZ-SE “melhor jogador”

Óliver Torres teve a época menos produtiva em termos individuai­s desde que chegou ao FC Porto, com menos onze jogos do que na temporada transata, mas a conquista do título nacional ajudou a que o médio consideras­se que foi uma campanha positiva. Olhando para o seu trajeto desde julho do ano passado até agora, o espanhol, de 23 anos, sente-se “melhor jogador”.

“Sim, melhoram-se sempre alguns aspetos, mas um jogador nunca pode perder a sua essência, porque se o fizesse perderia a sua identidade. Há que adaptar, seja à filosofia, ao técnico ou ao estilo de jogo, tentar acrescenta­r o teu grão de areia, isso faz-te diferente e especial. Melhorei em termos táticos e na agressivid­ade”, constatou o espanhol, em entrevista ao diário ‘Marca’, consideran­do-se nesta altura um jogador mais completo. “Quando avalio aquilo que faço num campo de futebol digo que poderia ter feito isto ou aquilo melhor, mas vejo-me como um jogador competitiv­o. É importante que em cada jogo o treinador tenha a segurança de ver em ti um jogador

O ESPANHOL ASSUME QUE PREFERE JOGAR NUM ESQUEMA DE 4X3X3, NA POSIÇÃO OITO, POR ESTAR MAIS PERTO DA BOLA

competitiv­o e não um que só tenha pormenores”, revelou Óliver, admitindo que evoluiu desde que saiu da formação do Atlético Madrid: “A minha forma de ver o futebol continua a ser a mesma, mas creio que sou um jogador mais maduro, completo e competitiv­o. Antes arriscava em zonas onde agora não o faço, talvez porque antigament­e era um pouco louco. Agora sabes que se perdes a bola podes condiciona­r todo um jogo. Sou mais inteligent­e nesse sentido e tento colocar ao serviço da equipa tudo o que faço de bom.”

Apesar de toda essa evolução, a verdade é que o médio esteve uns furos abaixo da época passada. Começou bem, com seis titularida­des consecutiv­as, mas depois cedeu o lugar a Herrera. A partir daí as suas chamadas à equipa fo- ram esporádica­s, mas isso não o impediu de ajudar com tudo o que tinha. “Entrei na época a jogar sempre, mas depois o míster optou por outros companheir­os. Quando se pertence a um plantel é preciso estar bem quando precisam de nós. Seja para jogar 15 ou 90 minutos, temos de dar a vida, isso é a chave para que uma equipa funcione e nós fizemo-lo. Para mim foi uma temporada de cresciment­o, pois, com 23 anos, vivi momentos muito bons”, confessou, assumindo que, em termos posicionai­s, prefere “jogar em 4x3x3, sendo o número oito”, porque é onde se sente “mais cómodo por estar mais perto da bola”. *

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FERNANDO SANTOS “Não podemos sofrer golos assim”
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