Ninguém para ser Rafa e Éder
Agora que o grupo está quase completo, importa fazer breve análise aos convocados por Fernando Santos. Do meio-campo para a frente as escolhas não sofrem contestação, proporcionando soluções para toda e qualquer exigência. Da lista do Euro’2016, saíram Nani, Renato Sanches, Rafa e Éder, entraram Bernardo Silva, Gelson Martins, Gonçalo Guedes e André Silva, razão pela qual há muitas dúvidas por esclarecer. A principal das quais quem, deste grupo, poderá fazer de Rafa e Éder, dois jogadores com escassa utilização em França – e, para o caso, nem importa que o ponta-de-lança tenha sido decisivo para o título europeu. Quem, entre os quatro jovens, poderá ir para o Mundial e de lá sair com tão pouco tempo de jogo? À partida, pelo menos nesta fase embrionária, é de acreditar que todos tenham um papel a cumprir; que todos possam ter a felicidade de serem bafejados pela sorte e tornarem-se heróis nacionais num determinado instante. Bernardo Silva e Gelson Martins, de início ou a sair do banco, são dois dos mais talentosos jogadores portugueses; André Silva foi o avançado que melhor combinou com Cristiano e já tem um lastro de golos muito interessante (12 em 21 jogos); Gonçalo Guedes, pelo que fez em Valência, tornou-se um dos mais apetecidos jogadores do mercado. Muitas são as contingências de uma prova curta e intensa como é um Mundial. Mas não é fácil antecipar, olhando para os disponíveis, quem consiga pisar o grande palco apenas como figurante. E todos partirão para a grande epopeia com a secreta esperança de ter uma palavra a dizer.