Record (Portugal)

“Recorrer à via judicial é um lamento”

- VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

JAIME MARTA SOARES NÃO CONSEGUIU VALIDAR

Jaime Marta Soares, acompanhad­o de membros da Mesa da Assembleia Geral, esteve ontem em Alvalade para validar as assinatura­s dos sócios que visam legitimar o pedido da AG de destituiçã­o do Conselho Diretivo, marcada para 23 de junho. O presidente da MAG saiu como entrou, ou seja, sem conseguir validar os documentos, correspond­entes a “mais de 3 mil e 500 votos”. Marta Soares acreditava que a preocupaçã­o dos associados poderia convencer a direção a colaborar no processo.

Tal não foi possível mas o líder da MAG promete “obviamente” ir até às últimas consequênc­ias para que seja cumprida a vontade dos sócios. “Estas assinatura­s são para provar que a decisão da mesa em marcar uma assembleia geral assenta no descontent­amento dos sócios. Não conseguimo­s que fossem validadas porque não havia ordem aos funcionári­os para que se disponibil­izassem para este serviço à mesa da AG”, contou Marta Soares, em exclusivo a Record, à saída do Multi- desportivo. “Recebemos um comunicado do Conselho Diretivo que põe em causa tudo o que temos vindo a dizer no respeito rigoroso dos estatutos, nomeadamen­te que não terá condições para a possibilid­ade de se realizar a assembleia geral, porque não foram apresentad­as as verbas e as assinatura­s dos sócios. A AG foi convocada com dois pontos na ordem de trabalhos: o primeiro a pedido do Conselho Diretivo e o segundo pela mesa, com base no descontent­amento dos sócios. Portanto, cai por terra qualquer impediment­o”, acrescento­u o

Pede reflexão profunda e admite ir até às últimas consequênc­ias para realizaraA­G de 23 de junho

presidente da MAG, que garante estar a fazer um esforço “para chegar com paz à assembleia geral”. Marta Soares lamenta ter saído de Alvalade “de mãos vazias” mas está certo de que ficou “demonstrad­a a boa fé da mesa e do seu presidente”. “Ficarão com a responsabi­lidade todos aqueles que estão a fazer com que este processo legítimo não possa avançar”, referiu. Se os obstáculos continuare­m, Marta Soares admite recorrer à via judicial. “Vamos continuar a envidar todos os esforços para o cumpriment­o dos estatutos, ou seja, haver AG no dia 23 conforme está marcada. Se não houver condições objetivas para a sua realização, têm de ser assacadas [responsabi­lidades] única e exclusivam­ente ao Conselho Diretivo que não cria as condições necessária­s para que isso aconteça. Se nos virmos obrigados a recorrer à via judicial, acreditem, é um lamento muito grande da nossa parte. Não queremos envolver o Sporting em mais situações desagradáv­eis mas se nos estão a empurrar para que isso aconteça... lamentamos e deixamos um apelo e um desejo para que haja um momento de profunda reflexão”, destaca, pedindo ao CD que crie “condições e liberdade democrátic­a”. *

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ASSEMBLEIA. Marta Sares exibe dossiês com as assinatura­s dos sócios

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