GUEDES CONVENCIDO DE QUE VEM DE DUCATI
O avançado do Valencia acredita que cresceu e está em condições para ajudar a Seleção “JOGAR UM MUNDIAL É O SONHO DE QUALQUER JOGADOR. ESPERO ESTAR À ALTURA DE AJUDAR A EQUIPA” GONÇALO GUEDES, Valencia
Gon alo Guedes revelou ontem, em conferência de imprensa, a confiança plena de que vai ajudar a Seleção Nacional a atingir os objetivos a que todos se propõem. O jogador português, transferido do Benfica para o PSG, mas que só confirmou todo o potencial no Valencia, clube espanhol ao qual foi emprestado, revelou-se curto e direto nas respostas aos jornalistas. Uma das perguntas provocou uma cena de bom humor, quando lhe perguntaram se tinha trazido a Ducati (marca de motas italiana) ou a motorizada das pizzas. Guedes sorriu e descodificou a questão: “Foi o fisioterapeuta do Valencia que, nos dias em que as coisas me corriam bem, me pôs a alcunha de Ducati. Quando as coisas me saem pior diz-me que utilizo a mota do distribuidor de pizzas.” Para a Seleção, Guedes espera ter trazido a bomba, porque está empenhado “em dar tudo pela equipa nacional”.
O antigo jogador do Benfica desvendou ainda o modo como soube que estava na lista final para o Mundial: “Estava a jantar com companheiros de equipa, depois de um treino. Quando soube que ia à Rússia fiquei muito contente e fui logo felicitado pelos colegas que estavam comigo.” Participar num Campeonato do Mundo “é o sonho de qualquer jogador”, razão pela qual “estou muito feliz”, mesmo tendo em conta que, nas camadas jovens, “já tive experiências parecidas”. Salientando que “os avançados vivem de golos”, Guedes admitiu que gostaria de ser “um grande goleador”, apesar de entender que, na Seleção, “essa é uma tarefa muito complicada”. Ao sublinhar que é hoje “igual ao que sempre fui como pessoa”, orientado por “objetivos bem delineados”, a grande verdade é que “evoluí como jogador em Valência, onde mantive o foco e a concentração” para poder triunfar. Sobre a função que desempenha na equipa espanhola, diz ter aperfeiçoado “o modo de jogar da esquerda para o meio”, referindo que espera “estar à altura de ajudar a equipa”. “Fiz uma boa época”, concluiu em jeito de balanço.
Sobre o seu futuro foi muito evasivo: “Agora estou na Seleção Nacional e quero focar-me no meu trabalho aqui. PSG ou Valencia está tudo em aberto mas prefiro não falar sobre isso.” “Depois do Mundial, tudo se resolverá”, disse para pôr fim a uma conversa que, definitivamente, não lhe apetecia alimentar. *