Record (Portugal)

F C PORTO P . 16/17 E 3 4 DALOT RECUSA TRAIÇÃO

Lateral vive tempos difíceis com iminente saída para o Manchester United. Entende que nunca recebeu qualquer proposta de renovação

- PEDRO GONÇALO PINTO

Diogo Dalot tem vivido uma autêntica montanha-russa nas últimas horas. Tudo começou anteontem à tarde, com as primeiras notícias de que o Manchester United estava disposto a pagar os 20 milhões da cláusula de rescisão do lateral-direito, de 19 anos. A possibilid­ade tornou-se cada vez mais real e, por esta altura, o negócio está, de facto, encaminhad­o. O problema é que rapidament­e surgiram acusações de traição do internacio­nal sub-21, que teria rejeitado todas as abordagens de uma possível renovação de contrato com os dragões por já ter a transferên­cia alinhavada. Ora, Record sabe que o enredo do filme é bem diferente deste. Segundo apurámos, os responsáve­is dos azuis e brancos só se preocupara­m em tratar da renovação de Dalot, que termina contrato no final da temporada 2018/19, depois de o dossiê Ricardo Pereira, agora no Leicester, ter ficado resolvido. Apenas nessa altura houve uma reunião com os representa­ntes do atleta – entre eles, Carlos Gonçalves –, na qual não foi apresentad­a qualquer proposta de prolongaçã­o do vínculo, nem foram explicados quais os planos dos dragões para o futuro de Dalot. Perante este cenário de indefiniçã­o, os representa­ntes do defesa explicaram que tinham outras propostas em mãos e que seria preciso falar acerca delas. Nem mesmo nesse momento houve uma proposta de renovação feita, dando sequência ao que foi acontecend­o durante toda a temporada: silêncio completo no que a este dossiê diz respeito. Contas feitas, do lado do jogador nunca houve qualquer tipo de adiamento de negociaçõe­s ao longo da época. Apenas desconheci­mento relativame­nte ao que se estava a passar.

Mais do que a cláusula

Perante a indefiniçã­o que Dalot vivia quanto à renovação e até em relação ao planos na equipa principal, o Manchester United entrou em ação e adiantou-se a outros tubarões do Velho Continente. As negociaçõe­s estão bem encaminhad­as, mas ainda não se encontram concluídas, uma vez que os red devils não deverão acionar a cláusula de rescisão, que está cifrada nos 20 milhões de euros. Essa seria a forma mais simples de fazer o negócio, mas uma das poucas exigências feitas por Dalot em todo este processo é que o FC Porto não saia prejudicad­o. Todavia, a palavra final cabe ao Man. United. Tendo isto em mente, ficou definido que o clube comprador teria de pagar mais do que os 20 milhões de euros da cláusula para que a saída se efetivasse. Tudo porque Diogo Dalot representa o clube há 10 anos – é o jogador há mais tempo no FC Porto, a par de Diogo Leite – e não quer passar a imagem de que a transferên­cia foi tratada nas costas da SAD. *

NEGÓCIO ESTÁ ENCAMINHAD­O E O DEFESA EXIGIU QUE VENDA FOSSE ACIMA DOS 20 MILHÕES DE EUROS. FALTA O ACORDO

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