Record (Portugal)

MURALHA NA HORA DA VERDADE

Erros defensivos preocupam Fernando Santos, mas números mostram raridade das falhas quando jogos são ‘a sério’

- PEDRO GONÇALO PINTO

QUINAS ENFRENTAM TESTE DE FOGO PORTUGAL SOFREU MENOS GOLOS EM 29 PARTIDAS OFICIAIS DO QUE EM 20 PARTICULAR­ES. SEGUE-SE A BÉLGICA

Com cinco golos sofridos nos últimos dois jogos, os alarmes podiam soar na Seleção Nacional. Afinal de contas, tanto a Holanda (venceu por 2-0) como a Tunísia (empatou 2-2) aproveitar­am erros da equipa das quinas. Fernando Santos não teve problemas em admitir que, de facto, há vários aspetos que têm de ser trabalhado­s em conjunto por toda a equipa, mas a verdade é que os números mostram que a história é bem diferente quando os jogos são ‘a sério’. Mas vamos a contas. Basta ver que, com o engenheiro no comando, Portugal disputou 29 partidas oficiais, tendo sofrido apenas 16 golos, somente com uma derrota pelo meio (na Suíça, por 2-0). Por outro

lado, os particular­es mostram outra face do campeão europeu, com 19 tiros certeiros consentido­s em 20 encontros, sendo que oito deles terminaram com derrotas. Segue-se um exigente teste com a Bélgica, seleção que apresenta craques como Hazard, De Bruyne e Lukaku. Mas, na hora da verdade, a equipa das quinas tem erguido sempre uma autêntica muralha. Aliás, José Fonte, um dos responsáve­is pela fortaleza, deu conta disso mesmo. “Em jogos oficiais, não sofremos muitos golos. Mas temos noção de que ultimament­e sofremos golos que normalment­e não acontecem. Já falámos sobre isso entre nós. Temos de mudar o chip e é nisso que nos vamos concentrar nos próximos tempos e no Mundial. Equipa que não sofre golos habilita-se sempre a ganhar”, atirou.

Pistas de Santos

Depois de Ricardo Pereira, Pepe, Rúben Dias e Guerreiro terem sido os quatro eleitos para a defesa frente à Tunísia, Fernando Santos deixou ontem, no treino, algumas pistas daquilo que poderá fazer diante da Bélgica. A defesa dos ‘coletes’ era composta por Ricardo, Rúben Dias, Bruno Alves e Mário Rui, ao passo que Cédric, Pepe, José Fonte e Guerreiro eram os ‘sem coletes’. Resta saber qual a linha de pensamento do engenheiro para Bruxelas. *

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IMPERIAL. Pepe lidera defesa que se tem mostrado imponente nos jogos oficiais

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