ALICIAMENTO ALVO DE INQUÉRITO DA FPF
Conselho de Disciplina quer apurar se há indícios de infrações no jogo de maio de 2016
O Conselho de Disciplina (CD) instaurou umprocesso de inquérito para apurar se há indícios de infrações disciplinares no Marítimo- Benfica de 2015/16, jogo que está sob a investigação das autoridades após as denúncias de jogadores madeirenses de aliciamento por parte de alegados intermediários das águias, entre os quais César Boaventura.
De acordo com o comunicado divulgado ontem pelo órgão federativo, foi “instaurado processo de inquérito, por decisão do presidente do CD, tendo por base notícias relacionadas com denúncias de eventuais tentativas de aliciamento de jogadores”.
O processo foi remetido para a Comissão de Instrutores (CI), que irá conduzir a investigação. Este procedimento é o mesmo que foi utilizado no caso dos emails e na operação Cashball. Os órgãos disciplinares da Liga e da FPF pouco mais poderão fazer do que inquirir testemunhas e aguardar pelas certidões do Ministério Público, que só estarão disponíveis numa fase mais adiantada da investigação criminal.
Na reportagem da SIC, um dos jogadores contou, sob anonimato, que a 6 de maio de 2016, dois dias antes do jogo que o Benfica ga-
APESAR DE “DESOLADO”, PRESIDENTE MARITIMISTA DIZ QUE NÃO PERDOARÁ, POIS NÃO PACTUA COM ESTA SITUAÇÕES
nhou, por 2-0, dois intermediários lhe ofereceram 40 mil euros para facilitar a derrota.
Marítimoassistente
Carlos Pereira, presidente do Marítimo, anunciou, ao ‘Diário de Notícias’ da Madeira, que o clube poderá “constituir-se como assistente” neste caso, pois só assim será mais fácil “conhe- cer em pormenor, discutir ou ser um avaliador” daquilo que classifica ser uma “péssima notícia para o futebol português”. Em Londres, onde acompanhou uma visita do presidente da Câmara do Funchal, o dirigente disse ter sido “apanhado desprevenido” e afirmou-se “triste, desolado ou desconsolado”. Mas garantiu que não vai perdoar, pois não pactua com situações de aliciamento a jogadores ou quem tente desvirtuar a verdade desportiva, “independentemente de quem quer que seja ou do clube possa estar envolvido nisto.”