TRABALHAR E DEIXAR A VIDA ANDAR
Antigo guarda-redes, Ricardo Andrade chegou a Portugal em 2010 para representar o Leixões. De então para cá, só voltou a sair agora, rumo à Colômbia. Passou ainda por Fátima, Moreirense, Tondela, U. Leiria, 1º de Dezembro e Oliveira do Hospital antes de terminar a longa carreira de jogador no Pinhalnovense. Isto depois de ter jogado em mais 14 clubes brasileiros, um do Vietname e outro do Paraguai. Agora, como técnico, só pensa em continuar a evoluir. “Trabalhar e deixar a vida andar. Às vezes fala-se em programar as coisas e nós não programámos quase nada disto. Procuramos apenas fazer um bom trabalho e a vida tem-nos levado”, salienta Ricardo, de 40 anos, que tem no treino dos guarda-redes a principal função. Mas não só. “Quando chegámos ao América, perguntaram-nos logo quem era o responsável pela preparação física. Respondemos que não tínhamos, que éramos todos. E ficaram surpreendidos... Para eles, o preparador físico é fundamental. Mas nós analisamos tudo juntos, desde os guarda-redes aos avançados, com ideias claras”, frisa o brasileiro, acrescentando: “Hoje em dia, parte-se muito o jogo com pequenos detalhes e deixam-se outras coisas que são importantes de fora. Às vezes não é por dar um abraço, ou perguntar como está, que ele vai desrespeitar-nos.” *