Em risco de falência técnica
A 31 de março, o Sporting tinha um ativo total na SAD de 275,392 milhões de euros, 78,599 milhões dos quais relativos ao valor do plantel, e um passivo ligeiramente inferior, de 267,896 milhões de euros. Contas feitas, resulta num capital próprio de 7,496 M€. Ora, o perigo de rescisões de contrato por parte de jogadores que não foram formados no Sporting, dado que estes não entram nesta equação, deixa a sociedade que gere o futebol dos leões em risco de falência técnica. Um cenário que acontecerá, por exemplo, se Bas Dost, Acuña ou Battaglia terminarem os seus contratos, e basta que um deles o faça. Nessa eventualidade, o valor do plantel sofreria uma redução correspondente ao jogador em causa, afetando o total do ativo que, assim, fica- ria abaixo do passivo. É esta a circunstância que, em termos meramente contabilísticos, traduz o cenário de falência técnica. A verdade é que o impacto de uma situação destas ainda pode ser facilmente contornável e sempre em termos contabilísticos. Basta que, enquanto decorrerem recursos para os tribunais, o valor do plantel não seja alterado, o que é possível. *