“Obriguei-me a refletir”
Porque só esteve três meses no Moreirense?
MM – Aceitei o projeto um pouco com o coração… Daí a reflexão a que me obriguei. Julgo que a equipa tinha mais valor até do que efetivamente conseguiu, mas a instabilidade que o presidente vive hoje em dia ao nível dos seus técnicos acaba por não contribuir positivamente para melhores desfechos. Em duas épocas, o Moreirense teve seis treinadores. Era preciso tempo… Esta equipa valia mais 10 pontos. Os homens mudam e um presidente que dizia, e bem, que ninguém faz nada sozinho, hoje tem uma visão diferente e centraliza tudo nele. É quase médico, é quase treinador, é quase… Não vou dizer jardineiro… Mas é quase engenheiro agrónomo. Enfim… É muito interventivo ao nível de todos os departamentos e acaba por perturbar. Eu também não sou treinador estagiário e quando a interferência naquilo que é a minha área técnica ultrapassou o aceitável disse-lho com frontalidade. *