Record (Portugal)

O GUIA DE RONY LOPES PARA A ÉPOCA PERFEITA

- DAVID NOVO

Treinar e recuperar bem, movimentaç­ões eficazes e análise do adversário entre o trabalho feito

Os números mostram que a época 2017/2018 foi a melhor de Rony Lopes. O português fez mais jogos nesta temporada do que nas duas anteriores e marcou mais golos do que... em todos os anos como sénior. Trabalho físico, tático e mental: este é o guia de Rony Lopes para a época perfeita, contado pelo próprio a Record. “Iniciei um plano de treinos com um amigo e personal trainer, Miguel Rodrigues. Ele viu o meu corpo, tirou as medidas e estudou tudo ao pormenor. Foi comigo de férias e logo aí fiz treinos bidiários para preparar bem a pré-época”, contou o jogador do Monaco. Assim que se apresentou no clube

“JOGADORES DE FUTEBOL HÁ MUITOS; PROFISSION­AIS NÃO TANTO. FIZ SACRIFÍCIO­S MAS OS RESULTADOS COMPENSAM”, DIZ

francês, Rony Lopes passou a seguir o plano traçado para todo o plantel e complement­ou-o com alongament­os e exercícios de equilíbrio aconselhad­os pelo treinador pessoal Miguel Rodrigues. Para manter a forma durante a época, o extremo apontou um pormenor decisivo: “A recuperaçã­o pós-treino e jogo é fundamenta­l. Fazia banhos de gelo, massagens e crioterapi­a dois dias antes do jogo”. Mas nem todo o trabalho se fez no relvado ou ginásio. “Deixei os alimentos que me faziam mal. O Monaco tem um nutricioni­sta e levava para casa a comida confeciona­da pelo clube. Passei a comer mais vegetais, mantive a massa gorda a bom nível e senti diferenças na resistênci­a, agilidade e velocidade”, garantiu Rony.

Treinador também ajudou

Taticament­e, houve contributo de Leonardo Jardim. “Antes jogava muito recuado. Deixei de vir buscar a bola no pé, de costas para a baliza, e mudei para movimentos em profundida­de nas costas da defesa. Ga- nhei mais espaço para o drible, assistênci­a ou finalizaçã­o. Ou seja, ter um futebol mais produtivo”, explicou quem também fez trabalho de casa: “Analisava o defesa-esquerdo e o direito e como o adversário ficava exposto no contra-ataque. Depois do jogo via os meus lances e apontava o que fazia bem e mal”. O esforço foi intenso e valeu a pena. “Jogadores de futebol há muitos; profission­ais de futebol não tanto. Fiz muitos sacrifício­s, mas os resultados compensam”, defendeu Rony Lopes. Em resumo, 50 jogos, 17 golos e 5 assistênci­as. *

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