O GUIA DE RONY LOPES PARA A ÉPOCA PERFEITA
Treinar e recuperar bem, movimentações eficazes e análise do adversário entre o trabalho feito
Os números mostram que a época 2017/2018 foi a melhor de Rony Lopes. O português fez mais jogos nesta temporada do que nas duas anteriores e marcou mais golos do que... em todos os anos como sénior. Trabalho físico, tático e mental: este é o guia de Rony Lopes para a época perfeita, contado pelo próprio a Record. “Iniciei um plano de treinos com um amigo e personal trainer, Miguel Rodrigues. Ele viu o meu corpo, tirou as medidas e estudou tudo ao pormenor. Foi comigo de férias e logo aí fiz treinos bidiários para preparar bem a pré-época”, contou o jogador do Monaco. Assim que se apresentou no clube
“JOGADORES DE FUTEBOL HÁ MUITOS; PROFISSIONAIS NÃO TANTO. FIZ SACRIFÍCIOS MAS OS RESULTADOS COMPENSAM”, DIZ
francês, Rony Lopes passou a seguir o plano traçado para todo o plantel e complementou-o com alongamentos e exercícios de equilíbrio aconselhados pelo treinador pessoal Miguel Rodrigues. Para manter a forma durante a época, o extremo apontou um pormenor decisivo: “A recuperação pós-treino e jogo é fundamental. Fazia banhos de gelo, massagens e crioterapia dois dias antes do jogo”. Mas nem todo o trabalho se fez no relvado ou ginásio. “Deixei os alimentos que me faziam mal. O Monaco tem um nutricionista e levava para casa a comida confecionada pelo clube. Passei a comer mais vegetais, mantive a massa gorda a bom nível e senti diferenças na resistência, agilidade e velocidade”, garantiu Rony.
Treinador também ajudou
Taticamente, houve contributo de Leonardo Jardim. “Antes jogava muito recuado. Deixei de vir buscar a bola no pé, de costas para a baliza, e mudei para movimentos em profundidade nas costas da defesa. Ga- nhei mais espaço para o drible, assistência ou finalização. Ou seja, ter um futebol mais produtivo”, explicou quem também fez trabalho de casa: “Analisava o defesa-esquerdo e o direito e como o adversário ficava exposto no contra-ataque. Depois do jogo via os meus lances e apontava o que fazia bem e mal”. O esforço foi intenso e valeu a pena. “Jogadores de futebol há muitos; profissionais de futebol não tanto. Fiz muitos sacrifícios, mas os resultados compensam”, defendeu Rony Lopes. Em resumo, 50 jogos, 17 golos e 5 assistências. *