“Falha do Sporting teve peso no juro”
Fernando Gomes acusa leões durante a sessão de apresentação dos resultados das obrigações
O administrador financeiro do FC Porto, Fernando Gomes, lançou diversas acusações aos leões durante a apresentação dos resultados da oferta pública de subscrição das obrigações, lançada pelos azuis e brancos, para 2018/2021. A principal das quais o “peso” que o incumprimento leonino teve no lançamento desta operação financeira. “A circunstância do Sporting ter falhado com as suas obrigações teve peso na decisão da taxa de juro do FC Porto. Basta ver que no último empréstimo obrigacionista a taxa ficou-se pelos 4,25%”, atacou o responsável portista, ontem, no Euronext, em Lisboa, que viu a atual obrigação fixar-se numa taxa de juro de 4,75%. “Tivemos o sentimento que a procura podia ser bem menor porque lançámos no momento em que foi anunciado que as obrigações do Sporting não seriam pagas. Isto causou perturbação no mercado e confesso a nossa preocupação com a influência que esta decisão poderia ter no nosso empréstimo obrigacionista”, garantiu. “Chegámos à conclusão que o impacto que podia ter já teve”, assumiu.
O sucesso da operação finan-
JURO FIXOU-SE NOS 4,75%, ENQUANTO O ANTERIOR ESTABELECEU-SE EM 4,25%. EMPRÉSTIMO FICOU MAIS CARO
ceira foi, para o responsável, evidente. A procura superou os 65 milhões de euros, o que encheu de satisfação os líderes portistas. “Vamos substituir passivo, de muito curto para médio/longo prazo, assim como financiar a atividade corrente”, esclareceu Fernando Gomes, que partiu ao ataque. “Gostaríamos que des- sem todas as condições que deram aos nossos rivais mas a concorrência desleal aconteceu. Nunca falhámos com as nossas obrigações e estamos a ser tratados da mesma forma que os incumpridores”, finalizou. Mais comedido esteve o presidente dos dragões, Pinto da Costa. “O que se passa nos outros clubes não me afeta o meu dia a dia”, ironizou, deitando o olho para 2018/19. “Vamos contratar quem o treinador entender, não creio que o nosso plantel necessite que se gaste mais do que aquilo que já se vendeu”, frisou. *