Super Marco passa de condenado a herói
Dois anos após ser condenado (e alguns meses depois ilibado) pela Federação Italiana num escândalo de resultados combinados, Marco Cecchinato, nº 72 ATP, de 25 anos, vestiu ontem a pele de herói improvável na edição de 2018 de Roland Garros.
Após eliminar Pablo Carreño (11º ATP) e David Goffin (9º) nas duas rondas anteriores, o jogador natural de Palermo derrotou ontem Novak Djokovic, ex-nº 1 e campeão em Paris em 2016, por 6-3, 7-6(4), 1-6 e 76(11), num encontro de 3h30, que incluiu um dos melhores tie-breaks dos últimos anos. Cecchinato, que nunca tinha vencido qualquer encontro em Majors antes desta semana, torna-se o 1º homem italiano a chegar às ‘meias’ em Paris desde 1978 e no jogador com ranking mais baixo desde 1999 (Andrei Medvedev, 100º) chegar aos quatro melhores em Paris. “Têm a certeza de que isto não é um sonho?”, questionou Cecchinato, emocionado. Irritado, Djokovic recusou ir para a sala de conferência de imprensa principal (foi para a secundária), interrompeu perguntas dos jornalistas a meio e surpreendeu. “Ainda nem sei se vou jogar a temporada de relva”, disparou o sérvio de 31 anos. No outro encontro dos ‘quartos’, Dominic Thiem (8º) arrasou um limitado Alexander Zverev (2º) por 6-4, 6-2 e 6-1 rumo às ‘meias’ pelo 3º ano seguido. *