“Vivi em Portugal dias muito felizes”
O selecionador argelino vem a Lisboa para credibilizar a qualidade da sua equipa
Rabah Madjer surgiu sorridente diante dos jornalistas, embora sabendo que os argelinos estão descontentes com a prestação da equipa. As primeiras palavras incidiram na expressão de um estado de espírito positivo entre os seus jogadores (“estão muito felizes por participar neste jogo”), mesmo sabendo que têm pela frente “um grande adversário que os coloca perante missão muito difícil”. “Eu próprio vivi em Portugal dias muito felizes, momentos extraordinários, pelo que sei o que significa jogar aqui”, adiantou aquele que foi um dos mais incríveis futebolistas de sempre na história do futebol português. Para Madjer, “espero que o jogo nos dê coisas agradáveis, depois da derrota com Cabo Verde”, cuja derrota não passou de “um acidente de percurso, tantas foram as oportunidades de golo que tivemos para sentenciá-lo”. A derrota com Cabo Verde, agora comandado por Rui Águas, deixou marcas no grupo. Em toda a conferência de Imprensa foi o destino quase fatal da conversa: “Nesse jogo houve, de facto, erros individuais graves. Mas a primeira parte foi extraordinária, com futebol de elevada qualidade, que nos podia e devia ter dado um resultado melhor. No segundo tempo, muita coisa mudou e eu só não digo aqui tudo o que te-
“ESPERO QUE O JOGO NOS DÊ COISAS AGRADÁVEIS DEPOIS DA DERROTA COM CABO VERDE, UM ACIDENTE DE PERCURSO”
nho para dizer para não desmoralizar os jogadores, porque é mais importante corrigir do que criticar.” Acossado pela imprensa, mas também pelos dirigentes da federação, Madjer reconhece agora por que razão “os meus predecessores não fizeram amigáveis, que foi a única coisa que eu fiz até agora: uma derrota, mesmo com equipas fortes, é considerada uma tragédia.” *