“EU ERA O MENINO BONITO DA FORMAÇÃO”

Cédric Soares, defesa-direito da Seleção Nacional, é o convidado de hoje do programa ‘Seleção à medida’ que vai para o ar às 19h20, na Sport TV+. O lateral confessa que sempre foi uma referência nas camadas jovens do Sporting. “Eu sempre fui um dos capitães e ganhei alguns prémios de melhor jogador, nos torneios. Era médio-centro e acabei por ser uma referência na formação, porque também tinha boas notas. Ganhei o quadro de honra do Sporting, algumas vezes, e ganhava-se uma viagem. Eu era o menino-bonito da formação, basicamente”, admite.

No entanto, nem tudo é um mar de rosas no futebol e Cédric sempre teve essa noção. “Depois vem o lado difícil. Sais da formação e o pessoal diz assim: ‘Sénior é muito complicado, sénior tens de ir rodar’. E eu respondia: ‘Rodar?’ Eu vou para cima e vou lá chegar”, recorda, mas acrescenta: “Sofri, fui obrigado a sofrer. No futebol tens sempre, como em tudo, de sofrer um bocadinho.”

O jogador do Southampton lembra com saudade os tempos em que pedia autógrafos aos seus ídolos. “Nós chegávamos e havia uma vedação onde estavam os carros da equipa sénior. Nós íamos para lá pedir botas e autógrafos. Cheguei a pedir autógrafos ao Quaresma, mas ele não me deu. Foi-se embo- ra. Mas já o confrontei e ele respondeu: ‘Sabes que eu estava noutro patamar’ [risos]. Já relativamente à conquista do Campeonato da Europa, em 2016, Cédric não tem dúvidas de que foi um feito muito importante. “É o ponto mais alto a que um jogador de futebol pode chegar. Ganhar algo pelo teu país, ser uma referência, chegares a Portugal e teres um país inteiro parado à tua espera. É fantástico! Acho que ganhar algo pelo teu país é de facto especial. Não há clubismo envolvido. É uma paixão e uma bandeira que estamos a defender, assim como os antepassados e o futuro, se calhar, dos nossos filhos”, refere. Quanto ao segredo por detrás da maior conquista de sempre da Seleção Nacional, o lateral-direito é perentório na resposta. “Acho que os portugueses quando se unem são muito fortes, a equipa uniu-se e conseguimos puxar o público português para o nosso lado, e a partir daí foi tudo muito mais fácil”, sublinha. *

“GANHAR ALGO PELO TEU PAÍS, SER UMA REFERÊNCIA, CHEGARES E TERES UM PAÍS PARADO À TUA ESPERA. É FANTÁSTICO!”