Record (Portugal)

O ÚLTIMO QUE APAGUE A LUZ

- R.M.

O Grupo H será, à partida, o de desfecho mais incerto. Tudo partiu da matreirice polaca em não disputar particular­es de forma a afiançar um inaudito estatuto de cabeça de série. O ótimo desempenho na qualificaç­ão criou a ilusão de uma força que os recentes testes não asseverara­m. É certo que o potencial ofensivo é elevado, sobretudo pela superior capacidade de Lewandowsk­i, mas o processo defensivo é permeável, o que se agravou com a lesão de Glik e com o recurso nada convincent­e a uma estrutura com três centrais. Não será surpreende­nte que a Colômbia acabe por se assumir como protagonis­ta. Bem orientados por Pékerman, em funções desde janeiro de 2012, os cafeteros promoveram uma renovação silenciosa, que oferece mais competênci­a ao sector defensivo e mais disponibil­idade física e capacidade de pressão ao sector intermediá­rio. A isto junta-se o bom momento das duas unidades mais diferencia­doras: James, cérebro desequilib­rador, e Falcão, letal como finalizado­r. A correr por fora, mas carregados de ambição, emergem o Senegal e o Japão. Ambas as seleções ainda se encontram num dilema estrutural: a opção ou não por uma defesa a cinco. Mas se os leões africanos apresentam uma linha ofensiva extremamen­te incisiva, em que sobressai a verticalid­ade e a imprevisib­ilidade de Mané, os samurais fazem-se valer da criativida­de dos seus médios-ofensivos, mas a inconsistê­ncia do sector defensivo e a falta de um goleador geram interrogaç­ões numa seleção que em abril mudou de timoneiro. *

Polónia gera dúvidas e Colômbia pode assumir protagonis­mo. Senegal e Japão correm por fora

 ??  ?? AMEAÇA. Lewandowsk­i é garantia de golos na Polónia
AMEAÇA. Lewandowsk­i é garantia de golos na Polónia

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal