Record (Portugal)

“Portugal é, sem dúvida, um dos favoritos”

- PEDRO GONÇALO PINTO. KRATOVO

Parece- me justo dizer que é um dos portuguese­s mais russos de sempre. Concorda?

DANNY – Concordo! Foram muitos anos de Rússia, cheios de emoções e alegria. É um país que vai ficar sempre no meu coração.

Quando alguém pergunta pela Rússia, qual é a forma como descreve o país?

D – Descreveri­a como um país lindo, seguro e com muita cultura. É claro que no dia em que cheguei a Moscovo não foi amor à primeira vista, mas depois com o decorrer do tempo e com as mudanças que fizeram, a Rússia ficou espetacula­r.

É uma das suas casas?

D – Sim, é. Sempre o disse e vou continuar a dizer. É e será uma das minhas casas para o resto da minha vida. Lá nasceu a minha filha Emily, por isso vai ser impossível esquecer.

Foram 12 anos a jogar aqui, de certeza com muitas histórias... Uma das que deram mais nas vistas foi o facto de ter uma estátua. Quão especial é?

D – Foram muitos anos a jogar na Rússia, muitas histórias bonitas e momentos inesquecív­eis. Claro que ter uma estátua é um momento marcante e especial para mim, mas consegui isto tudo porque ao meu lado sempre tive uma família que me acompanhou nos bons e maus momentos. Devo sempre a eles tudo o que consegui.

Quais são as memórias mais marcantes que tem da Rússia?

D – Conquistar a Supertaça Europeia com o Zenit contra o Manchester United em 2008 foi o primeiro de muitos momentos inesquecív­eis e marcantes da minha carreira na Rússia.

Quais são as grandes dificuldad­es?

D – A língua, claramente, mas com vontade e querer aprende-se e fica mais fácil o convívio e a vivência no país.

Imagino que tenha muitas histórias curiosas para contar. Qual é a que mais destaca?

D – Tenho várias, mas se calhar a que se destaca mais é sobre a minha transferên­cia do Dínamo para o Zenit pelo valor que foi dentro do mesmo país (30 milhões de euros). As pessoas falaram mal porque o Zenit era e é patrocinad­o pela Gazprom e começaram a dizer que quem pagou a transferên­cia foram os cidadãos russos porque pagavam o gás mensalment­e e estavam a roubá-los.

Houve momentos mais dramáticos?

D – Sim, as lesões que tive, mas faz parte da vida e só temos é que levantar e recuperar para voltar mais fortes. Graças a Deus eu consegui sempre voltar bem e conti- nuar o bom desempenho na minha carreira, mais uma vez, é claro, com ajuda importante da minha família, fisioterap­eutas e amigos.

Hoje em dia, vê o futebol russo muito diferente daquele que conheceu? Já não é tão atrativo ou ainda é parecido?

D – Vejo sempre o campeonato russo e acho que continua igual, bastante competitiv­o e atrativo. Claro que falta o número 10 para pôr mais qualidade no campeona- to, mas pronto (risos)…

Que conselhos dá aos portuguese­s que vão cá estar?

D – Que aproveitem e conheçam bem as cidades onde vão estar. São cidades lindas e com cultura. Vão gostar e divertir-se bastante.

Acha que pode haver perigo? D – Não vai acontecer nada se Deus quiser. A Rússia está preparada e de certeza vai ser um dos Campeonato­s do Mundo mais bonitos de sempre da história do futebol. *  A Seleção Nacional pode contar com o apoio do povo russo durante todo o Mundial, tal como Manuel Fernandes afirmou numa das últimas conferênci­as de imprensa, já aqui em Kratovo?

D – Claro, eles vão apoiar Portugal de certeza. Temos o melhor jogador do Mundo, temos um plantel com jogadores que jogam em algumas das melhores equipas europeias, Manuel Fernandes que é campeão russo… De certeza que teremos o apoio deles!

É legítimo considerar que Portugal é um dos principais favoritos à vitória final? O que pensa das hipóteses da Seleção Nacional neste Campeonato do Mundo?

D – São grandes. Somos campeões europeus, temos qualidade e bons jogadores a jogar nas melhores equipas do Mundo. De certeza que as outras seleções sabem que Portugal é sem dúvida um dos favoritos. *

“NO DIA EM QUE CHEGUEI A MOSCOVO NÃO FOI AMOR À PRIMEIRA VISTA, MAS A RÚSSIA FICOU ESPETACULA­R”

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