Record (Portugal)

“OS PORTUGUESE­S SAEM DO PAÍS E TÊM SUCESSO” BETO

- RAFAEL SOARES

Beto é um dos 23 eleitos de Fernando Santos para o Mundial’2018, estando presente pela terceira vez em fases finais da competição. O guarda-redes do Goztepe foi o convidado do alfaiate Paulo Battista na última edição do programa ‘Seleção à Medida’, numa conversa animada que será transmitid­a hoje na ‘Sport TV+’ (19h20) e onde começou por revelar os maiores desafios da sua experiênci­a na Turquia. “A adaptação foi difícil pelo idioma, cultura e religião. Entre algum período de tempo, começavam a surgir os cânticos típicos da religião muçulmana e pensava ‘O que é que vai acontecer agora?’ Foram 29 anos de futebol a ver outra coisa diferente daquilo”, disse o guardião, de 36 anos.

Puxando a fita atrás, Beto iniciou o seu percurso no Ponte de Frielas, mas acabou por ser resgatado pelo seu clube de coração, quando era iniciado. “Em conjunto com o grande Aurélio Pereira, foi o Virgílio que me levou para o Sporting. Viu-me num jogo em que perdi 11-2 ou 11-3 com eles. Levei 11 bombocas, mas fui o melhor da minha equipa”, conta, descrevend­o ainda uma história curiosa. “O sol estava forte, nós usávamos chapéus e alguns pais deram-me um do Benfica. Tenho todo o respeito pela instituiçã­o, mas na altu- ra darem-me isso... Talvez tenha sido por aí que os convenci”, brinca.

Já como sénior, Beto atravessou alguns momentos difíceis, nomeadamen­te quando foi emprestado pelos leões ao Chaves, onde raramente jogou. No entanto, Beto alcançou uma carreira meritória, tendo ganho por três vezes a Liga Europa (uma pelo FC Porto e duas pelo Sevilha). De resto, a passagem por Espanha marcou-o. “Joguei, por exemplo, no Vicente Calderón [antigo estádio do At. Madrid]. Estava ansioso, mas queria desfrutar depois de tanto trabalho”, comenta. Ao longo da entrevista, em que o guardião foi a cobaia de Paulo Battista ao experiment­ar diversos fatos, Beto revela várias histórias do seu percurso e mostra-se orgulhoso pelos feitos lusos no estrangeir­o. “Somos bem vistos. Os portuguese­s saem do país e têm sucesso, não só por aquilo que jogam, mas também pelo caráter que demonstram”, enaltece. *

“FOI O VIRGÍLIO QUE ME LEVOU PARA O SPORTING. VIU-ME NUM JOGO EM QUE PERDI 11-2 OU 11-3 COM ELES”

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