“OS PORTUGUESES SAEM DO PAÍS E TÊM SUCESSO” BETO
Beto é um dos 23 eleitos de Fernando Santos para o Mundial’2018, estando presente pela terceira vez em fases finais da competição. O guarda-redes do Goztepe foi o convidado do alfaiate Paulo Battista na última edição do programa ‘Seleção à Medida’, numa conversa animada que será transmitida hoje na ‘Sport TV+’ (19h20) e onde começou por revelar os maiores desafios da sua experiência na Turquia. “A adaptação foi difícil pelo idioma, cultura e religião. Entre algum período de tempo, começavam a surgir os cânticos típicos da religião muçulmana e pensava ‘O que é que vai acontecer agora?’ Foram 29 anos de futebol a ver outra coisa diferente daquilo”, disse o guardião, de 36 anos.
Puxando a fita atrás, Beto iniciou o seu percurso no Ponte de Frielas, mas acabou por ser resgatado pelo seu clube de coração, quando era iniciado. “Em conjunto com o grande Aurélio Pereira, foi o Virgílio que me levou para o Sporting. Viu-me num jogo em que perdi 11-2 ou 11-3 com eles. Levei 11 bombocas, mas fui o melhor da minha equipa”, conta, descrevendo ainda uma história curiosa. “O sol estava forte, nós usávamos chapéus e alguns pais deram-me um do Benfica. Tenho todo o respeito pela instituição, mas na altu- ra darem-me isso... Talvez tenha sido por aí que os convenci”, brinca.
Já como sénior, Beto atravessou alguns momentos difíceis, nomeadamente quando foi emprestado pelos leões ao Chaves, onde raramente jogou. No entanto, Beto alcançou uma carreira meritória, tendo ganho por três vezes a Liga Europa (uma pelo FC Porto e duas pelo Sevilha). De resto, a passagem por Espanha marcou-o. “Joguei, por exemplo, no Vicente Calderón [antigo estádio do At. Madrid]. Estava ansioso, mas queria desfrutar depois de tanto trabalho”, comenta. Ao longo da entrevista, em que o guardião foi a cobaia de Paulo Battista ao experimentar diversos fatos, Beto revela várias histórias do seu percurso e mostra-se orgulhoso pelos feitos lusos no estrangeiro. “Somos bem vistos. Os portugueses saem do país e têm sucesso, não só por aquilo que jogam, mas também pelo caráter que demonstram”, enaltece. *
“FOI O VIRGÍLIO QUE ME LEVOU PARA O SPORTING. VIU-ME NUM JOGO EM QUE PERDI 11-2 OU 11-3 COM ELES”