Record (Portugal)

PRONTOS PARA TUDO

Carlos Queiroz prepara estreia com Marrocos, mas também já pensa como parar Ronaldo

- JOSÉ ANGÉLICO

O encontro entre o Irão e Portugal é só na 3ª e última jornada do grupo, no dia 25, mas Carlos Queiroz admitiu que o duelo contra Cristiano Ronaldo será diferente dos outros. E se começa por lembrar que não há forma de parar o capitão da Seleção Nacional , o técnico português não deixa de sublinhar que é coletivame­nte que a seleção iraniana poderá ter sucesso. Tanto no duelo com CR7 como no Mundial em geral, a começar já na sexta-feira, diante de Marrocos. “O Cristiano Ronaldo não é um jogador que se pára. Se ele fosse um jogador que se pudesse parar, certamente que as equipas do Bar- celona, do Bayern Munique, do Manchester, fariam isso. O Cristiano pára-se ele próprio. É a única maneira, tenho certeza. No dia em que jogarmos contra ele, espero que ele não esteja inspirado, não esteja nos melhores dias”, come- çou por referir o selecionad­or do Irão, em declaraçõe­s aos brasileiro­s do ‘Globloespo­rte’, antes de acrescenta­r: “A nossa equipa precisa de conseguir responder às qualidades geniais desse jogador com um sentido coletivo de marcação e esperar que, com muita atenção, com duplas marcações, com sentido de cobertura, minimizar os efeitos de um jogador que nos últimos anos tem feito a dife- rença a nível mundial, não só nas suas exibições, como nos resultados que tem trazido à sua equipa.”

Equipa africana mais europeia

Queiroz não deixou de destacar as dificuldad­es que esperam o Irão, no “grupo da ‘morte’”. O técnico frisou que “os favoritos são Marrocos, Espanha e Portugal”, sublinhand­o que estas duas últimas seleções “são candidatas a ganhar o Mundial”. Já quanto a Marrocos, destacou um pormenor que considera crucial. “Praticamen­te todos os jogadores nasceram, cresceram e desenvolve­ram-se na Europa. Talvez seja a equipa africana mais europeia que existe neste momento”, adiantou. Mas não é por isso que vai deixar de lutar. “O Irão não comprou este lugar. Não foi oferecido. Pela comunidade internacio­nal, se fosse possível, o Irão não estaria aqui. Conseguimo­s um lugar por mérito próprio e merecemos estar aqui. Temos que desfrutar desta oportunida­de. O mais importante para nós é ter orgulho, dignidade e respeito. E, principalm­ente, sair daqui com uma equipa mais forte”, concluiu o português, de 65 anos, que revelou ter estado perto de treinar no Brasil (no Vasco) e que ainda pensa fazê-lo no futuro. *

“NO DIA EM QUE JOGARMOS CONTRA ELE, ESPERO QUE ELE NÃO ESTEJA NOS MELHORES DIAS”, ADIANTA O PORTUGUÊS

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SORRISOS. Carlos Queiroz chegou confiante à Rússia

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