INFLUÊNCIA TURCA ABALA CAMPEÕES
Effenberg pede expulsão de Özil e Gündogan após encontro com Erdogan; Joachim Löw blinda grupo
A visita do presidente da Turquia a Londres, faz hoje precisamente um mês, continua a gerar críticas e a hostilizar o clima no seio da seleção alemã. Desta feita foi Steffen Effenberg, ex-internacional, a pedir a saída de Mesut Özil e Ilkay Gündogan, jogadores nascidos em solo germânico (Genselkirchen) e com raízes turcas, que posaram ao lado de Recep Erdogan.
“Quando tens valores como os da federação alemã, a única opção é prescindir dos dois jogadores. Merecem vestir a camisola? Quanto é que isto vai durar? É algo dramático”, vincou o antigo médio à ‘T-Online’, deixando uma interrogação quanto à ‘lealdade’ à Mannschaft de Gündogan, médio do Man. City, que tratou Erdogan como “o meu presidente”. Joachim Löw não passou à margem da polémica na conferência de imprensa, levada a cabo em Mos-
“TALVEZ SEJAM BRINDADOS COM ALGUNS ASSOBIOS NO JOGO DE ESTREIA”, ASSUMIU O SELECIONADOR GERMÂNICO
covo, para defender os dois futebolistas que não tiveram vida fácil durante o último particular da Alemanha. Ouviram vaias frente à Arábia Saudita, algo que Löw assumiu que poderá voltar a suceder no domingo, frente ao México.
“O meu trabalho é levar ambos os jogadores à melhor forma e eles estão muito bem preparados. Possivelmente, serão brindados com alguns assobios no jogo de estreia”, ressalvou o selecionador dos atuais campeões do Mundo. O técnico, de 58 anos, viu Gündogan “desanimado” após o particular em que a Alemanha venceu a Arábia Saudita (2-1) e não escondeu que foi preciso algum trabalho do foro psicológico para mudar o “chip e focar naquilo que é real- mente importante” para a seleção germânica.“Ele estava um pouco desanimado depois do jogo com a Arábia Saudita e tivemos de lhe levantar um pouco o moral. Os três dias de folga antes da chegada à Rússia foram bons para ele”, adiantou, virando depois a perspetiva para o jogo de abertura do grupo F. Os quatro vezes campeões do Mundo não atravessam a melhor fase a nível de resultados. Uma vitória nos últimos seis encontros não é auspicioso, mas Löw mantém a confiança diante da formação dos ‘portugueses’ Raúl Jiménez, Herrera e Corona. “O México é um adversário agressivo, vai exigir tudo de nós. Temos a certeza que estamos bem preparados. Os jogos serão difíceis, mas vamos encontrar as soluções certas”, prometeu.
Özil e Boateng debatem-se com problemas físicos e o selecionador alemão não abre o jogo quanto à disponibilidade ante o México: “O onze não está definido. Existe competição interna e queremos que continue assim.” *