Record (Portugal)

CHOQUE TÉRMICO

- JOÃO SOCORRO VIEGAS

Preparador físico José Herculano passou pelo Lokomotiv e dá conselhos à Seleção

O Mundial da Rússia encerra em si uma particular­idade poucas vezes vista nas anteriores edições: a área do país, o maior do mundo, obrigará as 32 seleções presentes a longas viagens, numa prova cujas duas cidades-sede mais distantes estão separadas por seis horas de avião, ou mais de 3 mil quilómetro­s (e atenção que a competição jogase somente na parte europeia da Rússia!). São três fusos horários e climas muito díspares que podem influencia­r o rendimento. Portugal começará hoje a ‘provar’ as diferenças térmicas, num embate entre duas equipas com abordagens diferentes ao clima. “Espanha foi para um clima mais quente em Krasnodar, treinandos­e em temperatur­as superiores às que vai encontrar nos três jogos da fase de grupos. Portugal, ao escolher Kratovo, trabalha num clima mais ameno ao nível da preparação. Em Sochi haverá impacto térmico e existe o problema de a temperatur­a mais baixa lá, ser a mais alta em Moscovo. Se o jogo fosse às 15h locais, Portugal podia apanhar 32 graus. Mas o jogo é às 21h, o que é menos mau, embora haja alguma humidade que pode aumentar as sensações de calor. Tivemos sorte com o calendário nesse aspeto da hora”, começou por dizer José Herculano, preparador físico do V. Setúbal na última temporada e que O nosso último jogo nessa edição foi mesmo no pior clima, aqui será o contrário, pois Portugal jogará em Saransk, num clima mais parecido ao de Moscovo. Os jogadores vão ter melhores sensações na partida que poderá ser decisiva para o apuramento”, sublinha Herculano, frisando que, na primeira fase, o acumular do cansaço é inverso aos problemas que o clima pode trazer. *

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CLIMA. Seleção conseguiu finalmente treinar de manga curta

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