RAFAEL FOI O ÚLTIMO T NO CORAÇÃO DO LEÃO
Primeiro Rúben, depois Battaglia. Derradeiro dia para alegar justa causa acabou com mais 3 saídas
O prazo legal para apresentar as cartas de rescisão (30 dias após os acontecimentos na Academia de Alcochete) terminou ontem com a saída de mais 3 jogadores: Rúben Ribeiro, Battaglia e Rafael Leão. O criativo português foi o primeiro a fazer chegar o pedido de rescisão contratual, alegando justa causa. A notícia foi avançada pelo nosso jornal, no site, e fez estrondo em Alvalade, levando o líder leonino, verdadeiramente incrédulo com a decisão, a revelar uma troca de mensagens com o visado. Um diálogo que, como se pode comprovar, apontava para a sintonia entre ambos...
Nas conversas entre Bruno de Carvalho e Rúben Ribeiro, está uma comunicação do presidente leonino dirigida a toda a equipa, a 21 de abril, primeiro a aplaudir os jogadores pelas 4 vitórias a seguir ao encontro com o At. Madrid, que espoletou toda a polémica. A mensagem prossegue com Bruno de Carvalho a redobrar toda a sua confiança na equipa, até tendo em vista a vitória na Taça de Portugal. Rúben Ribeiro responde, em sintonia com Bruno de Carvalho. “Obviamente que vamos ganhar e todas as suas palavras ainda nos dão muito mais força para conseguir tudo aquilo que temos ainda para ganhar. Com a nossa força e a sua faremos uma só força para ganhar, e dedicar a todas as pessoas que amam esta grande instituição que é a nossa família sportinguista”, escreveu Rúben Ribeiro. A relação cordial mantémse mesmo após os nefastos inci- dentes registados na Academia de Alcochete e aparentemente até à final da Taça.
O oitavo passageiro...
Depois de Rúben Ribeiro, foi a vez de Battaglia formalizar a rescisão de contrato, alegando justa causa, ainda que o Sporting não tenha tido a confirmação de que os documentos tenham entrado na Liga, FPF e Sindicato. O médio argentino já tinha deixado antever a sua decisão, numa entrevista a um canal de tv, e ontem tornou-se mesmo o 8º passageiro, ou por outras palavras, o oitavo jogador a rescindir. Na carta de rescisão, a que o nosso jornal teve acesso, o jogador fala de “falta de garantias e incumprimento do dever de salvaguardar” a sua segurança e integridade pessoais. Battaglia revela ainda “a pressão inusitada sobre a equipa com a exigência de obter resultados desportivos”. A consubstanciar a sua posição, o médio contratado ao Sp. Braga sustenta ainda que as declarações de Bruno de Carvalho “provocaram no público uma atitude violenta contra os jogadores” e que o presidente foi avisado numa reunião entre todos. Asituação emAlcochete, descrevea como “previsível e evitável” e, por isso, imputa responsabilidades ao clube. “Era dever do clube prever que algo assim pudesse acontecer”, diz. “Ao chegar ao centro de treino, o representante da equipa (André Geraldes), que sempre estava presente, não se encontrava no local, nem mesmo outros dirigentes. (...) Inclusive, o treino da equipa feminina marcado para aquele dia foi suspenso de forma imprevista. É realmente estranho que naquele dia, de treino antecipado, não houvesse dirigentes nem segurança al- guma. A conduta do clube foi, no mínimo, negligente”, aponta.
... e o Benfica no horizonte
Rafael Leão foi o último jogador a rescindir, o que foi confirmado por Bruno de Carvalho horas depois. “Valores mais altos se levantaram”, ironizou, em alusão às quantias que Leão terá recebi-
“ERA DEVER DO CLUBE PREVER QUE ALGO ASSIM PUDESSE ACONTECER”, DIZ O ARGENTINO, SOBRE A INVASÃO A ALCOCHETE